Descobrindo o Coelho da Páscoa

Os irmãos, um menino e uma menina, tinham apenas um ano de diferença na idade. Eram quase do mesmo tamanho e era frequente a mãe ser indagada se eram gêmeos, apesar das diferenças. Ela moreninha, cabelo cacheadão. Ele loirinho, loirinho, cabelo bem cacheadinho parecendo menininho do São João. Zelosa, a mãe cuidava para que nada lhes faltasse. Na Páscoa não era diferente. Cuidava para que houvesse o indispensável lado lúdico necessário a toda criança. Comprava os ovos de páscoa e contava historinhas antes de dormirem, dizendo que quando acordassem o coelhinho já deveria ter trazido o Ovo de Páscoa de cada um. Esperava que dormissem e amarrava os Ovos de Pascoa no berço de modo que quando acordassem, era a primeira coisa que viam. Assim era todos os anos. Lá pelos cinco anos da mais velha já estava um pouco difícil de fazê-los dormir para que o coelho chegasse. As crianças não queriam mais dormir, elas queriam ver o Coelho chegar. A mãe tentou, tentou, até pensar que havia vencido pelo cansaço. Deu um tempinho, olhou, os dois estavam dormindinho, bunitinhos. Amarrou os ovos de Páscoa e foi dormir. No dia seguinte apesar empolgados com os Ovos de Páscoa, não disfaçaram a decepção:

- Mãe agente viu, foi voce! Não veio nenhum coelhinho não!