Mapas do acaso: Um plágio, entretanto, perdoado - eu acho.
No princípio era o caminho. Carros passando, prédios, pessoas, sinais, praças... Tudo passava num piscar, fechava-abria, já foi. Quando menos se espera se chega, mesmo que a chegada seja o início de uma nova partida; mesmo assim, cheguei. Cheguei com expectativa, tinha uma missão. Atravessei todo o interior do prédio sem perceber o que tinha a minha volta. Apreensão. Ansiedade. Tudo misturado formando um turbilhão de emoções. Alegria. Foi o que senti quando avistei a livraria, que por motivos de propaganda não vou citar o nome, e nela avistei um rosto branco com cabelos loiros e óculos preto; um rosto gravado a uma capa em meio a tantas outras capas. Um livro que tinha ao lado outro livro, com outro rosto, o rosto de Ozzy Obsrane - eles até que se parecem!.
Fiquei ali, do lado de fora a observar tamanho acaso. Até o título do livro era "Mapas do acaso", mas somente o nome do autor não era acaso, "Humberto Gessinger", era o nome. Sendo um pouco mais objetivo, mesmo não gostando disso, meu objetivo era comprar o livro - do Humberto Gessinger - "Pra ser sincero 123 variações sobre um mesmo tema". Entretanto o acaso me levou até o outro livro.
Entro na livraria, pergunto o preço do primeiro livro. Muito caro, não tinha dinheiro suficiente. Fiquei com o acaso. Sai da loja, minhas pernas procurando um banco, meus olhos uma mente e minha mente palavras. Achei. Sentei, entretanto não relaxei. Foliei primeiro, depois li. Maravilha! Impressionante! Como o Humberto escreve de forma livre. Passaram-se o tempo, as pessoas e as páginas; só o que não passava era a empolgação. Fechei o livro. Sai do shopping e esperei.
No fim adivinha, também era o caminho. Noite a dentro lua na janela, livro na mão e como se diz: "fantasmas camaradas pintam em cada esquina". Não entendeu? Nem eu! Só não tinha um final melhor.
P.S. esse texto fora escrito em 2011, só não lembro o mês.