Judas e o ovo de páscoa
Nada tem a ver o ovo de páscoa com o lendário Judas Iscariotes, e vice-versa.
E por que uma crônica com este título? Dando a nítida impressão de que são coisas que se entrelaçam; que se completam?
Não sei. Talvez porque hoje, Sábado de Aleluia, é dia de judas, e amanhã, Domingo da Ressurreição, é dia de ovo de páscoa.
Mas vamos por parte. Eu pergunto: cadê os judas?
Estive lendo as gazetas da Sexta da Paixão e constatei que a malhação do apóstolo "traidor" está desaparecendo nas grandes cidades. Aqui em Salvador não é diferente.
Houve um tempo, e isso eu me lembro bem, em que, nas capitais, em cada bairro, no Sábado de Aleluia, o povo, num jugamento sumário e implacável, condenava o Iscariotes; sem antes publicar ou divulgar o seu testamento.
O testamento mexia com deus e o mundo.
Podendo, para algumas pessoas, ser arrasador. Com medo de serem lembrados por Judas, muitos caiam fora; sumiam. Mormente os políticos.
O testamento de Judas provocava risos demorados e infinitas gozações. Mas o pau comia quando alguém se sentia maldosamente contemplado, nas declarações de última vontade do "traidor".
Não estranhem porque escrevo "traidor" entre aspas. É que há estudiosos tentando inocentar o Iscariotes, achando que ele fora, apenas, um instrumento ou mesmo uma vítima da conjuntura política do seu tempo.
Enquanto outros acham que a participação de Judas, no episódio da paixão e morte do Nazareno, foi decisiva para que se cumprisse o que dizem os textos bíblicos.
Estava escrito que alguém haveria de entregar Jusus aos seus algozes. E o escolhido (por quem?) fora o apóstolo Judas. Nada acontecia por acaso.
Mas isso é um assunto sobre o qual não me sinto à vontade para comentá-lo. E mais do que isso, não tenho estudos para explorá-lo em profundidade, como desejava.
Falei sobre Judas por dois motivos: primeiro, porque, nos Sábados de Aleluia, a culpa do Iscariotes é sempre posta em dúvida.
Segundo, porque, como disse, a alegre tradição da malhação do "traidor", trazida para o Brasil pelos portugueses e espanhóis, há séculos, está desaparecendo dos grandes centros.
Logo dos grandes centros onde é apreciável a presença de eméritos judas, e que poderiam muito bem figurar do testamento do filho da cidade de Carioth, daí, Judas Iscariotes.
*** *** ***
Hoje pela manhã, recebi um lindo ovo de chocolate, diet, acompanhado de um "Feliz Páscoa".
Mas a remetente não se identificou!
Sabia, porém, que a minha glicemia oscila como o pêndulo dqueles velhos relógios de parede: pra lá e pra cá - pra cá e pra lá.
E haja comprimidos para enfrentar minha rebeldia em aceitar a alimentação aconselhada; sem falar nos adoçantes, na hora do cafezinho.
Ainda pela manhã, recebi um e-mail perguntando duas coisas: se eu havia recebido o ovo de páscoa e se eu sabia algo a respeito de sua origem.
Saí,então, procurando informações sobre como apareceu o ovo de páscoa.
Depois de uma rápida pesquisa, informei à delicada dona do e-mail ......@.....com.br que a prática de festejar a Páscoa oferecendo aos parente e aos amigos ovos de chocolate vem da Idade Média. Portanto, vem de muito longe.
E que o ovo fora escolhido por ser ele o "símbolo da vida, pois ele carrega uma vida dentro dele."
Fiz-lhe, por último, esta advertência: Deguste o ovo de páscoa sabendo que ele não é, apenas, um pedaço de chocolate. Mas que aquele chocolate, em forma de ovo, simbolicamente, celebra o dom da Vida...
Nada tem a ver o ovo de páscoa com o lendário Judas Iscariotes, e vice-versa.
E por que uma crônica com este título? Dando a nítida impressão de que são coisas que se entrelaçam; que se completam?
Não sei. Talvez porque hoje, Sábado de Aleluia, é dia de judas, e amanhã, Domingo da Ressurreição, é dia de ovo de páscoa.
Mas vamos por parte. Eu pergunto: cadê os judas?
Estive lendo as gazetas da Sexta da Paixão e constatei que a malhação do apóstolo "traidor" está desaparecendo nas grandes cidades. Aqui em Salvador não é diferente.
Houve um tempo, e isso eu me lembro bem, em que, nas capitais, em cada bairro, no Sábado de Aleluia, o povo, num jugamento sumário e implacável, condenava o Iscariotes; sem antes publicar ou divulgar o seu testamento.
O testamento mexia com deus e o mundo.
Podendo, para algumas pessoas, ser arrasador. Com medo de serem lembrados por Judas, muitos caiam fora; sumiam. Mormente os políticos.
O testamento de Judas provocava risos demorados e infinitas gozações. Mas o pau comia quando alguém se sentia maldosamente contemplado, nas declarações de última vontade do "traidor".
Não estranhem porque escrevo "traidor" entre aspas. É que há estudiosos tentando inocentar o Iscariotes, achando que ele fora, apenas, um instrumento ou mesmo uma vítima da conjuntura política do seu tempo.
Enquanto outros acham que a participação de Judas, no episódio da paixão e morte do Nazareno, foi decisiva para que se cumprisse o que dizem os textos bíblicos.
Estava escrito que alguém haveria de entregar Jusus aos seus algozes. E o escolhido (por quem?) fora o apóstolo Judas. Nada acontecia por acaso.
Mas isso é um assunto sobre o qual não me sinto à vontade para comentá-lo. E mais do que isso, não tenho estudos para explorá-lo em profundidade, como desejava.
Falei sobre Judas por dois motivos: primeiro, porque, nos Sábados de Aleluia, a culpa do Iscariotes é sempre posta em dúvida.
Segundo, porque, como disse, a alegre tradição da malhação do "traidor", trazida para o Brasil pelos portugueses e espanhóis, há séculos, está desaparecendo dos grandes centros.
Logo dos grandes centros onde é apreciável a presença de eméritos judas, e que poderiam muito bem figurar do testamento do filho da cidade de Carioth, daí, Judas Iscariotes.
*** *** ***
Hoje pela manhã, recebi um lindo ovo de chocolate, diet, acompanhado de um "Feliz Páscoa".
Mas a remetente não se identificou!
Sabia, porém, que a minha glicemia oscila como o pêndulo dqueles velhos relógios de parede: pra lá e pra cá - pra cá e pra lá.
E haja comprimidos para enfrentar minha rebeldia em aceitar a alimentação aconselhada; sem falar nos adoçantes, na hora do cafezinho.
Ainda pela manhã, recebi um e-mail perguntando duas coisas: se eu havia recebido o ovo de páscoa e se eu sabia algo a respeito de sua origem.
Saí,então, procurando informações sobre como apareceu o ovo de páscoa.
Depois de uma rápida pesquisa, informei à delicada dona do e-mail ......@.....com.br que a prática de festejar a Páscoa oferecendo aos parente e aos amigos ovos de chocolate vem da Idade Média. Portanto, vem de muito longe.
E que o ovo fora escolhido por ser ele o "símbolo da vida, pois ele carrega uma vida dentro dele."
Fiz-lhe, por último, esta advertência: Deguste o ovo de páscoa sabendo que ele não é, apenas, um pedaço de chocolate. Mas que aquele chocolate, em forma de ovo, simbolicamente, celebra o dom da Vida...