CONTRASTES (Phellipe Marques)

Toda arrogância se desfaz perante o verdadeiro amor.

Todo água que me falta, todo mar que em ti deságua são expressões do coração de poeta imortal.

Todo o peso que trago da vida vira leveza nas linhas que te escrevem.

E por isso mesmo te escrevem, para que eu possa ser livre como um condor voando sob o céu da mais longínqua dimensão sentimental do homem.

Toda imperfeição vira inspiração quando visualizo a face do amor ideal.

E então, escrever é o mínimo a fazer. É o registrar do mais belo sentimento que existe: o amor!

Toda negação maltrata a quem não se arrisca.

E por isso dignifico, cobro a mim mesmo uma atitude, um verso maior, uma forma de imortalizar o que existe em mim.

Que seja sobre o tempo, as páginas de um livro ou sobre a própria poesia.

Fundamental mesmo é não guardar somente para si, pois o que é belo deve ser compartilhado.

O amor é apátrida, lembrem-se! Universal em essência e puro como a alma de uma criança.

Poético como o mar, infinito ao horizonte de tantas expectativas, sonhos e dedicação.

Tudo é nada e nada é tudo. Contrastes de uma vida!

É o que resta ao sentir meu coração.

Eis o mundo do poeta: de amor e vazio, de vazio e poesia.


Phellipe Marques
Enviado por Phellipe Marques em 06/04/2012
Reeditado em 06/04/2012
Código do texto: T3597846
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