Reciclagem: ferramenta de educação ambiental imprescindível para o futuro da vida humana
Desde os primórdios da civilização, o homem vem degradando o meio ambiente de maneira desordenada, constante e gradual, sem perceber que tal descaso põe em risco sua própria existência. Entre os maiores fatores de poluição está a produção de lixo, que, segundo dados estatísticos, atinge, anualmente, em todo o planeta, o patamar aproximado de 400 milhões de toneladas (dados disponíveis no sítio www.ambientebrasil.com.br). Nesse sentido, na atualidade, um dos maiores desafios da população mundial é reduzir os impactos causados por esta proliferação excessiva de resíduos, cujo êxito pode ser alcançado através da reciclagem.
O processo de reciclagem é uma das formas mais eficazes no cuidado do meio ambiente, proporcionando economia de energia e de recursos naturais, elevada redução da poluição do solo, da água e do ar, reintrodução ao ciclo natural dos resíduos que foram inutilizados e o desaparecimento dos lixões ou aterros sanitários, causadores de várias doenças e desequilíbrios ecológicos nos ecossistemas da Terra. Acertadamente, muitas indústrias reciclam materiais como vidro, alumínio, papel e plástico, reduzindo, assim, os custos da produção, tornando os produtos mais acessíveis e ecologicamente corretos. Atenta-se, ainda, à viabilidade econômica de tal prática, pois propicia a inclusão e interação social através das cooperativas de reciclagem, ao passo que a partir do surgimento deste setor, os índices de desemprego baixaram e, em contrapartida, a limpeza das cidades e a conservação do meio ambiente ampliaram significativamente.
Com o crescimento populacional exagerado, torna-se necessária a colaboração de todos os cidadãos em prol da menor degradação do espaço natural. É dever de todos, portanto, reduzir o desperdício, reutilizar sempre que possível e fazer a separação dos materiais recicláveis, principalmente, no âmbito doméstico. O estímulo ao emprego do óleo de cozinha na fabricação de sabão e biodiesel e à utilização do lixo orgânico na fabricação de adubos para serem empregados na agricultura, por exemplo, são alternativas interessantes de destinação da matéria residual poluidora. Contudo, é preciso, ainda, exigir dos órgãos governamentais uma maior fiscalização das empresas, penalizando aquelas que geram poluição e lixo tóxico demasiadamente.
Assim sendo, a obtenção de uma consciência ambiental voltada à preservação, aplicando medidas de reciclagem do lixo, é essencial para que se alcance o desenvolvimento sustentável. Para tanto, é necessária a realização efetiva de uma educação ambiental formal e informal, voltada, essencialmente, para a proteção do meio ambiente, a qual, inclusive, já tem previsão na Lei n.º 9.795, de 27 de abril de 1999, devendo alcançar a generalidade de idades e classes sociais, uma vez que aborda um problema que envolve toda a coletividade. Destarte, fazer a coleta seletiva do lixo é uma forma, individual e simples, de colaborar com o meio ambiente, oportunizando a própria qualidade de vida da geração atual, e também das vindouras, tendo em vista que um futuro melhor é o resultado direto de um presente cujas atitudes sejam conscientes e responsáveis.