A INTELIGÊNCIA DUVIDA..

“É absolutamente necessário que nos compenetremos da existência de Deus, mas não é tão necessário que a demonstremos”, afirmava Kant.

Como ensinou Aquino e consente indiretamente Kant, “Deus é”, “o que é”, é indemonstrável, configura forma, sendo desnecessário demonstrar.

A demonstração nos chega pelo fenômeno da causalidade. Resta assim perdida na dúvida levantada pelo agnosticismo a tese da dúvida. E ela é cartesiana; SEI QUE DUVIDO POR EXISTIR DUVIDANDO.

Os laços físicos se aproximam dos espirituais com Huxley, Tomás de Aquino e Kant, ligados e acertados na causa primeira existente (indemonstrável para alguns). O processo ininterrupto do movimento sequencial está ao nosso lado, sem ele nada existiria, causa e efeito.

Não basta a experiência “é preciso elevar-se acima do impuro conhecimento que nos vem pelos canais deformadores dos sentidos”; Kant, “Crítica da Razão Pura”.

A convergência do material e do espiritual está indissociável da comunhão, a divergência é aparente contradição. Encontro dos opostos nas primeiras causas, material e espiritual, conflito aparente como usual no âmbito das universalidades, se esgota no próprio conflito que não resiste à mera aparência.

A corrente causal se revigora na maior mensagem dos personagens máximos que por aqui transitaram.

O Cristo deixou perenizado “amar o próximo como a ti mesmo”. Estamos diante da unidade da cadeia causal, pois o que é amar (força que impulsiona e move toda a natureza) ao próximo como a ti mesmo, que não estarmos ligados todos por força única que se propaga e se expande, material e espiritualmente?

Medite-se, portanto, que a vida física (matéria) nasce do amor e a alma (pensamento) é imaterial, imortal, destinatária de outro plano. Estamos diante da inteligência do Cristo.

Esse o mar agitado de emoções e questionamentos que leva à pungente sofrimento, inimaginável, o mesmo que deixa cientistas racionais e frios na proposta da dúvida que esconde a confissão velada em pretender algo mais. Por isso Thomas Huxley, assentou: “Não confirmo nem desminto a imortalidade do ser humano: não vejo razão para acreditar, mas não disponho de meios para refutar.”

Se nada sabemos sobre a vida, nem mesmo como surge, como nos atrevemos a pretender explicar a morte. Crer ou não crer, acima dessa dualidade desponta o caráter, a lei moral, que brota de uma fonte mais profunda do que a religião.

O nascimento a vida e a morte do Senhor Dos Tempos, O Messias, o Messiah, o Jesus de Nazaré,configura o desafio a quem exerce a dialética de cognição possível. Sua vida e morte dão testemunho de um pontificado que realiza a ponte da transcendência entre o humano e a divindade infinita, o eterno.... O reino da caridade. Mas onde seu Reino se identifica com a humanidade? Na igualação de ser Fiho de Deus, encarnar o Pai e o Espírito Santo, a Santíssima Trindade, segredo inexpugnável à nossa inteligência intimidada diante de grandiosidades inatingíveis. E não se sinta grande por recusar o que resulta inexplicável, mas pequeno, por sermos pequenos como é a matéria...

Que outro ser humano, como nós, como foi Cristo, se intitule como a verdade e a vida, para ser seguido; SERÁ CHAMADO DE LOUCO!

Não ocorreu com Jesus, ao contrário, repassado pela história em sua oralidade, já que não necessitou escrever uma palavra para ficar para os tempos.

Isto é significativo, inigualável e sempre deve ser realçado, não escreveu um só vocábulo....QUAL HUMANO LOGROU ESSE FEITO?

Maria, na qualidade de gerar vidas, mulher e mãe,veículo santo do Anjo.

Jesus chegou como aqueles que precisam de mais proteção; os pobres.

O POBRE MAIS RICO QUE O MUNDO VIU NASCER.....

A maioria rejeita sua mensagem (João 1:11), e o nega, e mais a rejeita o povo em que nasceu, e sofre....

Estão sufocados e sitiados enquanto outros sobem a “lugares celestiais, em Cristo Jesus” (Efésios 2:6). É o genuflexo à sua vontade que traduz a vontade de todos serem iguais, merecerem amor, caridade e compreensão, não dominação e sofrimento.

Isto deve ser lembrado na data de seu martírio, Quem quis somente o bem e a caridade obteve a maior das dores.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 02/04/2012
Reeditado em 02/04/2012
Código do texto: T3589893
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