Cuidado com os Coveiros de Plantão!

Mais uma vez analisando a conduta humana, seus comportamentos, esquisitices, maluquices e traquinagens, cheguei à conclusão que erramos muito mais que acertamos.

No entanto, conheço pessoas que insistem em ser reincidentes em erros primários. Estão exaustas de saber que a vida não dá segundas chances; mas ranzinzas que são, inflexíveis, não cedem ao aprendizado.

Tem um trecho que muito admiro que diz que até o tolo quando se cala é tido por sábio. Há momento de falar e momento de calar. Há tempo para todo o propósito debaixo do sol. Há tempo para tudo. No entanto, não é apenas por sabermos que há um tempo determinado para tudo que devemos arrear as armas e ficar deitado eternamente em 'berços esplêndidos'.

Há muita coisa a fazer. Temos muita estrada para rodar. A vida é cíclica! Temos que nos movimentar. Ficar de boca aberta esperando a morte chegar é um trecho de uma bela música de R. Seixas, no entanto, não chega a lugar nenhum quem assim o faz.

Tenhamos sonhos à curto, médio e longo prazo, mesmo que isto sirva de escárnio para muita gente que não acredita que seremos capazes.

Não conto meus sonhos para ninguém, e, quando sou abordada, desconverso, omito ou falo algo que nada tem a ver com meus reais sonhos, afinal os sonhos são meus e não gosto de participações especiais em projetos particulares e que depende única e exclusivamente de Deus e de mim para que se concretizem.

Muitas pessoas até zombam, escarnecem e menosprezam nosso ideais, mas fechemos a boca e declaremos: - Quem viver, verá!

Os coveiros de plantão estão aí, ávidos para colocarem uma pá de areia em nossos mais sublimes sonhos.

Tratemos, pois, de nos afastarmos de tais companhias, pois precisamos é de injeções de ânimo e não de venenos mortíferos de línguas perversas.

Nossos sonhos são um lenitivo para nossa alma. Através deles, tomamos fôlego para prosseguirmos. Vale a pena sonhar. Quem não sonha está morto. Vive, mas eis que já está morto!

Conta-se na Bíblia a história de José.

Ele teve sonhos e seus irmãos o questionaram sobre que sonhos ele havia tido. Na ingenuidade, imaturidade e pureza, José desvendou, esmiuçou seus mais íntimos sonhos que Deus o havia revelado.

Sabe o que houve? Seus irmãos o invejaram, zombaram e o lançaram numa cova.

Tem toda uma história por trás disto, mas o que importa é que aquele que outrora fora apelidado de sonhador-mor, chegou a ser o braço direito do Rei do Egito e alcançou o título de governador.

Seus irmãos que lhes haviam vendido por 30 moedas, tiveram que amargar a doce vitória de José.

Cuidado com os coveiros de plantão!

É claro que podemos sofrer alguns fracassos em nossa trajetória de vida, mas não deixemos que ninguém enterre nossos sonhos.

Que nossos fracassos, falhas e derrotas possam ser nossos pedagogos e não nossos coveiros.

Contos e Encantos
Enviado por Contos e Encantos em 01/04/2012
Reeditado em 01/04/2012
Código do texto: T3587976
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