Já estavam fechando a porta do ônibus de turismo quando eu cheguei. Foi eu sentar e o ônibus sair.
O guia ia explicando as características de cada lugar.
Nosso destino é a Vista Chinesa, - disse - um dos mais importantes pontos turísticos do Rio de Janeiro.
Lá chegando ele começou o seu discurso.
O Mirante, com essa vista deslumbrante, nos permite ver o Cristo Redentor, a Lagoa Rodrigo de Freitas, o Pão de Açúcar e as famosas praias da Zona Sul.
A construção, a 380 metros de altura, fica na Floresta da Tijuca. É um dos maiores pontos turísticos do Rio de Janeiro.
Aproveitem, tirem fotos, porque vocês não vão ver coisa mais linda durante as suas viagens pelo mundo.
Mais adiante está a Lagoa Rodrigo de Freitas ou Lagoa, como é carinhosamente chamada. Os cariocas costumam se encontrar lá, pela manhã, para caminhadas e corridas a pé ou de bicicleta e no final da tarde para ver o belíssimo pôr do sol. Na Lagoa, o astro rei parece se despedir do dia ainda com mais charme e delicadeza.
São 7,5 km de extensão emoldurados pelas montanhas e de lá se pode avistar o Cristo Redentor. Além disso, a Lagoa está cercada por alguns dos mais importantes bairros cariocas, como Gávea, Ipanema, Jardim Botânico e Leblon e pelos parques dos Patins, Taboas e Catacumba, que oferecem opções de lazer, esporte e gastronomia, além de quadras de esporte, rinque de patinação e ciclovia.
Amanhã poderemos ir visitar esse outro paraíso, caso os senhores assim o desejem.
O guia ia falando e eu já não estava prestando muita atenção porque o jovem que se sentou ao meu lado começou a conversar. Ele era peruano e estava mais interessado nessa brasileira, que também gosta de conversar, do que na paisagem.
Depois de algum tempo ele me disse:
- Adorei a sua mochila!
- É? Se quiser eu troco pela sua que também é muito linda.
- Você faria isso?
- Claro!
Quando o passeio acabou tiramos os nossos pertences das respectivas mochilas e fizemos a troca. Nos despedimos e fomos embora felizes com as nossas novas mochilas.
Ele desceu apressado, pois ainda ia fazer as malas para pegar o vôo daquela noite. Acabamos não trocando telefones e e-mails, nem nossos nomes completos.
Cheguei em casa e guardei a mochila no alto do armário. Só iria usá-la na próxima semana, para uma nova pequena viagem.
Quando a abri, 7 dias depois, encontrei um bilhete da loteria que ele havia esquecido ao fazermos a troca. O bilhete era daqui do Brasil.
Fui até a lotérica e - imaginem ! - o bilhete estava premiado.
Estou com uma respeitável quantia que não me pertence, mas não sei como devolvê-la ao seu verdadeiro dono.
Vocês têm alguma idéia ?