Como fazer?

Já choraram por mim. Já enlouqueceram e deixaram de comer por mim. E eu? Nada disso fiz por estes. Porém, também me fizeram chorar... meses chorei por uma amizade perdida. Chorei de decepção... e raiva... e ódio... de me deixar levar tão fácil por emoções. Magoo e sou perversa, decidida. Me magoam e o mundo acaba por simplesmente não aceitar as coisas serem como são.

Sou rancorosa também... infelizmente. Repito! INFELIZMENTE!!! Gostaria muito de expulsar do meu peito dores de amigos que jogaram meus sentimentos no lixo por coisa qualquer. Aliviar meu coração de mágoas antiiiigas... como aqueles de ter nascido na hora errada. Aquietar minha angústia por traições que muitas vezes estão apenas na minha massa encefálica. Oh! Meu Deus! Como me livro dessa sujeirada toda? Como posso ser feliz se confio desconfiando em todos, até de mim? Principalmente de mim. Preâmbulos, ensinou a professora. Algo que faz rodeios, ex.: posso te fazer uma pergunta?

É exatamente isso que faço... preâmbulos com minha vida. Será que devo me entregar? Será que devo...? Nunca sabemos. Precisamos arriscar. Hoje choro novamente, por alguém que chorou por mim, mesmo que apenas de comoção, compaixão ou coisa parecida. Choro pela mínima possibilidade de estar longe. E se não der certo? E se encontrar alguém melhor que eu? E se esse alguém não reclame tanto da vida como eu? E se... E se...

Os "e se's" rodeiam minha cabeça o tempo todo e às vezes nem me permitem pensar por vontade própria. Rodeiam minha alma. E "Omni ope" acontece... me apaixono a primeira vista, de novo e pela mesma pessoa.

Esse amor pode curar? Tá aí uma boa pergunta! Alivia seria uma boa resposta. Mas aquieta, abafa os ressentimentos e aumenta ou cria outros. Foi triste... A vida continua, precisa continuar. Não é ficar doente, ou mentir, ou qualquer coisa que nos faça fugir do mundo que vai conseguir estancar essa ferida que a todo tempo insisti em piorar e amenizar ao mesmo passo que avançamos na caminhada.

O que fazer? Não tenho ideia. Mas, continuo assim mesmo.

Gisley Kathrin
Enviado por Gisley Kathrin em 29/03/2012
Código do texto: T3582015
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.