Tapioca

Poucas coisas são tão gostosas quanto tapioca!

Eu gosto muito e, se eu pudesse, eu comeria todo dia.

E a boa notícia é que a nutricionista disse que eu posso comer até duas por dia. O problema, disse ela, não é a tapioca. É o recheio.

Mas eu gosto mesmo é de tapioca simples, com manteiga de garrafa derretida.

Se insistirem muito, é claro que eu aceito tapioca com leite condensado e coco ralado, com queijo, com carne seca ou seja lá o que for.

Mas, para mim, tapioca é comida nobre, assim como o pão para o judeu e o queijo para o francês. São como alimentos sagrados e muita mistura não lhe caem bem.

Tapioca com manteiga de garrafa. E um bom café-com-leite.

Manjar dos deuses!

Pra mim, não precisa mais nada.

Se eu pudesse, eu comeria mesmo duas por dia e seguiria à risca, pelo menos uma recomendação da minha nutricionista.

Só que eu não sei preparar a “goma”... Alguém tem aí uma boa receita, que seja prática e infalível?

Se eu tivesse a “goma” sempre à mão aqui em casa, eu faria diariamente mesmo. Comeria tapioca, da mesma forma que como poesia. Todo dia, e com encantamento!

Eu acabo comprando a mistura em uma feira livre não tão perto de casa, de uma senhora muito brava e briguenta, mas que faz tapioca como poucos.

Estive pensando: _ Se ela me presenteia com tapiocas tão saborosas, por que eu não a presenteio com poesias bem doces? Quem sabe pode amenizar tanto rancor. E as tapiocas, certamente, ficarão mais gostosas... e o mundo mais leve!