SOBRE AS INVASÕES

         As pessoas quase sempre não possuem o que podemos chamar de desconfiômetro. Uma atitude que impediria uma série de constrangimentos. Falando assim, estou referindo-me a indivíduos que simplesmente invadem preciosos espaços da vida de outros. A vida é algo tão especial, tão particular, que deveria ser respeitada com mais atitude. Muitos se acham no direito de opinar, interpretar, sugerir e até convidar sobre assuntos que não lhe dizem respeito ou não conhecem.
               Infelizmente estamos cercados por pessoas assim, descaradas! Fico pensativo sobre os reais propósitos destas atitudes invasivas sobre a vida do outro. Será que a palavra discernimento foi abolida do nosso cotidiano? Se a resposta for sim, aí está a razão para tantos falastrões espalhados nestes recantos do mundo.
             Minha avó já dizia que boca fechada não entra mosca, e nem formiga! O melhor seria mesmo cada um tomar conta de suas próprias vidas, e diga-se por passagem, já dá uma trabalheira grande. Então por que  preocupar-se com a vida alheia? O fofoqueiro vive e alimenta-se das ocasiões que lhe são peculiares. Tudo que fazem se resume a perder seu precioso tempo de vida tricotando conversas e lançando maldades numa rede de intrigas que constroem para assim se sentirem felizes por assim dizer. Esse é o seu maior prazer, causar conflitos e conspirar contra as pessoas que muitas vezes se quer conhecem. O fofoqueiro já trás a maldade dentro do coração e geralmente partem desta vida em uma profunda solidão.
Ricardo Mascarenhas
Enviado por Ricardo Mascarenhas em 28/03/2012
Reeditado em 22/10/2020
Código do texto: T3581020
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