Páscoa de 2012
Os judeus celebram por este mesmo período sua Páscoa. A que comemora a libertação do povo da longa escravidão do Egito, sob a liderança de Moisés e com prodigiosa ajuda de Deus. Tudo vem narrado no livro do Êxodo. E essa festa é comemorada com rigor religioso, com início nas sinagogas, passando a seguir para as famílias, onde o ritual bastante pedagógico chega até à comoção.
A Páscoa cristã comemora a Ressurreição de Cristo. E a mesma palavra “Páscoa” é usada nas duas comemorações, a judaica e a cristã, porque a morte e a ressurreição de Cristo ocorreram ao mesmo tempo em que os judeus celebravam sua Páscoa, faz mais de 2000 anos.
Páscoa é a palavra sagrada entre todas, permanece como forte raiz, mantendo unidas as duas culturas, a judaica e a cristã, apesar das diferenças históricas que marcaram e marcam a fé no mesmo e único Deus.
No povo cristão não se observa o mesmo rigor ritual seguido pelos judeus. Não chega a ser uma comovente celebração familiar, como entre eles. A força ritual concentra-se mais nos templos, onde a riqueza litúrgica atinge seu apogeu.
Essa diferença é explicada, entre outras causas, pela grande expansão numérica do cristianismo, seguida pelas lamentáveis divisões ocorridas com o cisma do Oriente, em 1054, que gerou as Igrejas Ortodoxas, e com a Reforma Protestante, iniciada em 1519, com Lutero em Leipzig, e acompanhada de fartas ramificações que prosseguem até hoje. Os judeus, por sua vez, se mantiveram fechados dentro de sua cultura teocrática e de seus limites raciais.
Não obstante toda essa diversidade, a crença num único Deus permanece enraizada fortemente dentro da história da humanidade. Porque judeus, cristãos católicos, cristãos ortodoxos e cristãos reformados têm um denominador comum, o Deus revelado na Bíblia. E quando fazem suas orações, é para Ele que se voltam.
A nitidez divina, ao se refletir no complexo e embaçado espelho humano, perde muito da pureza de sua imagem, que é levada, muitas vezes, ao extremo de comprometedoras, calóricas e doces distorções. É essa a nossa fragilidade. Que, entretanto, não altera o fato da presença de Deus entre nós. A turbulência da paisagem humana nunca chegará ao ponto de aniquilar essa presença. E isto nos basta.
Nós O temos ao lado de nossas crianças como lembramos no Natal. Nós O temos dialogando com as nossas mães, como o fez com Maria, na Anunciação. Nós O temos dentro das nossas alegrias, como nas Bodas de Cana. Nós O temos ao lado dos nossos enfermos, como ocorreu com os cegos, os paralíticos, os mudos e os leprosos. Nós O temos mergulhado no oceano das nossas lágrimas e das nossas dores, como aconteceu na crueldade da Via Dolorosa e do Calvário. Nós O temos como guardião fiel, à beira dos nossos sepulcros, estojos das nossas saudades, assegurando-nos que essas moradas são provisórias, como foi a dele.
Nós O temos. Ele está entre nós. Veio para ficar!
Os judeus celebram por este mesmo período sua Páscoa. A que comemora a libertação do povo da longa escravidão do Egito, sob a liderança de Moisés e com prodigiosa ajuda de Deus. Tudo vem narrado no livro do Êxodo. E essa festa é comemorada com rigor religioso, com início nas sinagogas, passando a seguir para as famílias, onde o ritual bastante pedagógico chega até à comoção.
A Páscoa cristã comemora a Ressurreição de Cristo. E a mesma palavra “Páscoa” é usada nas duas comemorações, a judaica e a cristã, porque a morte e a ressurreição de Cristo ocorreram ao mesmo tempo em que os judeus celebravam sua Páscoa, faz mais de 2000 anos.
Páscoa é a palavra sagrada entre todas, permanece como forte raiz, mantendo unidas as duas culturas, a judaica e a cristã, apesar das diferenças históricas que marcaram e marcam a fé no mesmo e único Deus.
No povo cristão não se observa o mesmo rigor ritual seguido pelos judeus. Não chega a ser uma comovente celebração familiar, como entre eles. A força ritual concentra-se mais nos templos, onde a riqueza litúrgica atinge seu apogeu.
Essa diferença é explicada, entre outras causas, pela grande expansão numérica do cristianismo, seguida pelas lamentáveis divisões ocorridas com o cisma do Oriente, em 1054, que gerou as Igrejas Ortodoxas, e com a Reforma Protestante, iniciada em 1519, com Lutero em Leipzig, e acompanhada de fartas ramificações que prosseguem até hoje. Os judeus, por sua vez, se mantiveram fechados dentro de sua cultura teocrática e de seus limites raciais.
Não obstante toda essa diversidade, a crença num único Deus permanece enraizada fortemente dentro da história da humanidade. Porque judeus, cristãos católicos, cristãos ortodoxos e cristãos reformados têm um denominador comum, o Deus revelado na Bíblia. E quando fazem suas orações, é para Ele que se voltam.
A nitidez divina, ao se refletir no complexo e embaçado espelho humano, perde muito da pureza de sua imagem, que é levada, muitas vezes, ao extremo de comprometedoras, calóricas e doces distorções. É essa a nossa fragilidade. Que, entretanto, não altera o fato da presença de Deus entre nós. A turbulência da paisagem humana nunca chegará ao ponto de aniquilar essa presença. E isto nos basta.
Nós O temos ao lado de nossas crianças como lembramos no Natal. Nós O temos dialogando com as nossas mães, como o fez com Maria, na Anunciação. Nós O temos dentro das nossas alegrias, como nas Bodas de Cana. Nós O temos ao lado dos nossos enfermos, como ocorreu com os cegos, os paralíticos, os mudos e os leprosos. Nós O temos mergulhado no oceano das nossas lágrimas e das nossas dores, como aconteceu na crueldade da Via Dolorosa e do Calvário. Nós O temos como guardião fiel, à beira dos nossos sepulcros, estojos das nossas saudades, assegurando-nos que essas moradas são provisórias, como foi a dele.
Nós O temos. Ele está entre nós. Veio para ficar!