Primeiro domingo de outono
No primeiro domingo do mês de outono, estação que eu nasci, aproveito a paz e a tranquilidade que reina na rua onde moro, leio um pouco de Jorge Amado, “O País do Carnaval”.
Ainda iniciante, Jorge não prende como em “Os Velhos Marinheiros”, por exemplo. Já li este livro pelo menos seis vezes. Conheço quase de cor. Sigo a recomendação de Nelson Rodrigues. Nada de ler muitos autores, ser enciclopédico. Escolha os melhores e leia, releia, continue lendo e um mundo novo é aberto a cada leitura.
Basta escolher bons autores. Estrangeiros, Shakespeare e Hemingway. Caso goste de poesia, Camões. O resto é apenas repetição destes que foram citados. Leia o quanto puder. Nacionais, complica. “Os Sertões”, onde Euclides da Cunha mostra o massacre de Canudos, “Grande Sertão: Veredas” e “Sagarana”, do mestre Guimarães Rosa, obrigatórios. “Os Velhos Marinheiros”, um apanhado geral do povo brasileiro. Poesia, Castro Alves, e Vinícius. O mais que puder ler. Não me entendo; seria motivo para palestra, com ingresso caro. É verdade, o assunto vai longe, a crônica vira novela.
Apenas quero repetir a lição de Nelson, nosso teatrólogo maior. Não faça uma biblioteca de Homero a Mia Couto, por exemplo. Escolha bons autores e fique lendo até conhecer alguns livros quase de memória. A luta de Santiago contra o peixe, em “O Velho e o Mar”, ou os exames prestados por Vasco Moscoso de Aragão para conseguir sua carta safada de Capitão de Longo Curso. Amado dá uma aula do que é escrever bem, nos “Velhos Marinheiros”.
Sabe estas leituras quase de cor? Prosa e poesia? Comece a escrever. Asneira não vai sair.
E agora vamos para uma derivada de função. Começou, o limite tende a mais infinito. Cozinha. Feijão mulatinho com atum desfiado, prato frio, salada de pepinos pequenos com alcaparras, tomate, azeitonas e palmito, tudo regado no azeite extravirgem. Um arroz integral finaliza. Tudo acompanhado de um tinto seco, da marca que você gosta.
Saúde! Bom apetite.
No primeiro domingo do mês de outono, estação que eu nasci, aproveito a paz e a tranquilidade que reina na rua onde moro, leio um pouco de Jorge Amado, “O País do Carnaval”.
Ainda iniciante, Jorge não prende como em “Os Velhos Marinheiros”, por exemplo. Já li este livro pelo menos seis vezes. Conheço quase de cor. Sigo a recomendação de Nelson Rodrigues. Nada de ler muitos autores, ser enciclopédico. Escolha os melhores e leia, releia, continue lendo e um mundo novo é aberto a cada leitura.
Basta escolher bons autores. Estrangeiros, Shakespeare e Hemingway. Caso goste de poesia, Camões. O resto é apenas repetição destes que foram citados. Leia o quanto puder. Nacionais, complica. “Os Sertões”, onde Euclides da Cunha mostra o massacre de Canudos, “Grande Sertão: Veredas” e “Sagarana”, do mestre Guimarães Rosa, obrigatórios. “Os Velhos Marinheiros”, um apanhado geral do povo brasileiro. Poesia, Castro Alves, e Vinícius. O mais que puder ler. Não me entendo; seria motivo para palestra, com ingresso caro. É verdade, o assunto vai longe, a crônica vira novela.
Apenas quero repetir a lição de Nelson, nosso teatrólogo maior. Não faça uma biblioteca de Homero a Mia Couto, por exemplo. Escolha bons autores e fique lendo até conhecer alguns livros quase de memória. A luta de Santiago contra o peixe, em “O Velho e o Mar”, ou os exames prestados por Vasco Moscoso de Aragão para conseguir sua carta safada de Capitão de Longo Curso. Amado dá uma aula do que é escrever bem, nos “Velhos Marinheiros”.
Sabe estas leituras quase de cor? Prosa e poesia? Comece a escrever. Asneira não vai sair.
E agora vamos para uma derivada de função. Começou, o limite tende a mais infinito. Cozinha. Feijão mulatinho com atum desfiado, prato frio, salada de pepinos pequenos com alcaparras, tomate, azeitonas e palmito, tudo regado no azeite extravirgem. Um arroz integral finaliza. Tudo acompanhado de um tinto seco, da marca que você gosta.
Saúde! Bom apetite.