Existe uma canção que tem me acompanhado nesses últimos tempos. Ela é linda! Não há nada de extraordinário nela, além do reboliço que ela gera em mim. É a voz de Vander Lee que canta os Românticos¹ como poucos; como loucos, lindos e limpos. Os Românticos como uma espécie em extinção!
Extinção?! Mas, se o Romântico é um perfume bom chegando ao fim... Como ficará o Amor sem ser exalado?!
Pensei tanto nessa pergunta que julguei pertinente conversarmos sobre o AMOR!
Frustrei?!
Vamos seguir, decerto, poderemos encontrar algo que nos faça refletir.
O Amor é cantando por muitas vozes, traduzido em palavras por tantas mãos e sentido por tantos corações. E aqueles sonetos de Vinícius? Eles contam-nos de um amor tão bom.
O Amor que nos exorta e nos convida a oferecer ao próximo, cordialidades em sinal de fraternidade (Rm 12, 10). O Amor que é Phileo, expressão grega que significa “afeição e sentimento profundo”. Mas, que também é Ágapei, vocábulo mais característico do cristianismo e é traduzido por AMOR e aparece em vários contextos nas Escrituras. Ágape fala-nos da essência amorosa de Deus como capaz de amar o mundo a tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3,16).
E o que dizer do Amor do Cântico dos Cânticos? Aquele Amor que é visgo e aproxima duas pessoas sedentas pela sedução da conquista. É o Amor encharcado por paixões inebriantes, exaltando o erótico no Amor como um presente que Deus concede ao ser humano: “como são ternos teus carinhos, minha irmã e minha noiva! Tuas carícias são mais deliciosas que o vinho; teus perfumes, mais aromáticos que todos os bálsamos” (Ct 4,10).
E, ao final, a noiva derrama-se em reconhecimento: “porque é forte o amor como a morte… Águas torrenciais não conseguirão apagar o amor, nem rios poderão afogá-lo. Se alguém quisesse comprar o amor com todos os tesouros da sua casa, receberia somente desprezo” (Ct 8,6s). Pois, um Amor assim, suplanta nossa compreensão (Ef 3,19). Um Amor como esse é eterno (Jr 31,3), livre (Os 14,4) e duradouro (Jo 13,1).
Nessa altura, talvez vocês estejam se perguntando: Qual a relevância dessa conversa para nós?
Pois bem, é tão comum cruzarmos com pessoas que se profissionalizam em jogar com os sentimentos alheios, de brincar com as emoções sem se importar com o que cada pessoa traz dentro de si. Ignorando o aspecto sagrado do sentimento.
E onde está a relação profunda e de Amor?
Encontra-se numa sala de bate-papo qualquer, em que os frequentadores se apresentam com nomes fakes ou se expondo em prateleiras ávidas por sexo, nada além do sexo? Encontra-se o Amor nas esquinas escuras à espera de um carro, de um anônimo pra logo depois se deitar numa cama impessoal só para um sexo banal, rápido e barato?
O que há?
O que há entre nós? Será a necessidade de se auto-afirmar, de se senti importante, desejado, quisto? Qual o sentido em ter músculos torneados, carnes esculturais, formosura.... Pra quê? Se o que impera, muitas vezes, é o vazio na cabeça. Cadê o conteúdo, a honestidade, o papo-sério e construtivo?
Valorizo o bom do amor! Pois, o corpo se desfaz, é efêmero. É tão importante que se transforma em pó, mísero pó!
Não custa respeitar-se mutuamente!
E ainda falando do Amor, vale a pena ressaltar o grifo do Teólogo Frei Betto que nos fala: “Ora, todo amor não decorre de Deus? Não diz a Primeira Carta de João (4,7) que “quem ama conhece a Deus” (observe que João não diz que quem conhece a Deus ama...).
E por aqui eu fico, saboreando “o gosto raro de amar sem medo de outra desilusão”. Fico, pois os românticos, “que amam sem vergonha”, são poucos... Como eu!
Amemo-nos!
¹Interprete: Vander Lee
Letra: Composição: Nado Siqueira
Imagem/Fonte: suacasasuafesta.com.br
Extinção?! Mas, se o Romântico é um perfume bom chegando ao fim... Como ficará o Amor sem ser exalado?!
Pensei tanto nessa pergunta que julguei pertinente conversarmos sobre o AMOR!
Frustrei?!
Vamos seguir, decerto, poderemos encontrar algo que nos faça refletir.
O Amor é cantando por muitas vozes, traduzido em palavras por tantas mãos e sentido por tantos corações. E aqueles sonetos de Vinícius? Eles contam-nos de um amor tão bom.
O Amor que nos exorta e nos convida a oferecer ao próximo, cordialidades em sinal de fraternidade (Rm 12, 10). O Amor que é Phileo, expressão grega que significa “afeição e sentimento profundo”. Mas, que também é Ágapei, vocábulo mais característico do cristianismo e é traduzido por AMOR e aparece em vários contextos nas Escrituras. Ágape fala-nos da essência amorosa de Deus como capaz de amar o mundo a tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3,16).
E o que dizer do Amor do Cântico dos Cânticos? Aquele Amor que é visgo e aproxima duas pessoas sedentas pela sedução da conquista. É o Amor encharcado por paixões inebriantes, exaltando o erótico no Amor como um presente que Deus concede ao ser humano: “como são ternos teus carinhos, minha irmã e minha noiva! Tuas carícias são mais deliciosas que o vinho; teus perfumes, mais aromáticos que todos os bálsamos” (Ct 4,10).
E, ao final, a noiva derrama-se em reconhecimento: “porque é forte o amor como a morte… Águas torrenciais não conseguirão apagar o amor, nem rios poderão afogá-lo. Se alguém quisesse comprar o amor com todos os tesouros da sua casa, receberia somente desprezo” (Ct 8,6s). Pois, um Amor assim, suplanta nossa compreensão (Ef 3,19). Um Amor como esse é eterno (Jr 31,3), livre (Os 14,4) e duradouro (Jo 13,1).
Nessa altura, talvez vocês estejam se perguntando: Qual a relevância dessa conversa para nós?
Pois bem, é tão comum cruzarmos com pessoas que se profissionalizam em jogar com os sentimentos alheios, de brincar com as emoções sem se importar com o que cada pessoa traz dentro de si. Ignorando o aspecto sagrado do sentimento.
E onde está a relação profunda e de Amor?
Encontra-se numa sala de bate-papo qualquer, em que os frequentadores se apresentam com nomes fakes ou se expondo em prateleiras ávidas por sexo, nada além do sexo? Encontra-se o Amor nas esquinas escuras à espera de um carro, de um anônimo pra logo depois se deitar numa cama impessoal só para um sexo banal, rápido e barato?
O que há?
O que há entre nós? Será a necessidade de se auto-afirmar, de se senti importante, desejado, quisto? Qual o sentido em ter músculos torneados, carnes esculturais, formosura.... Pra quê? Se o que impera, muitas vezes, é o vazio na cabeça. Cadê o conteúdo, a honestidade, o papo-sério e construtivo?
Valorizo o bom do amor! Pois, o corpo se desfaz, é efêmero. É tão importante que se transforma em pó, mísero pó!
Não custa respeitar-se mutuamente!
E ainda falando do Amor, vale a pena ressaltar o grifo do Teólogo Frei Betto que nos fala: “Ora, todo amor não decorre de Deus? Não diz a Primeira Carta de João (4,7) que “quem ama conhece a Deus” (observe que João não diz que quem conhece a Deus ama...).
E por aqui eu fico, saboreando “o gosto raro de amar sem medo de outra desilusão”. Fico, pois os românticos, “que amam sem vergonha”, são poucos... Como eu!
Amemo-nos!
¹Interprete: Vander Lee
Letra: Composição: Nado Siqueira
Imagem/Fonte: suacasasuafesta.com.br