Sopro de coragem.
O vento clamava por paz, e as borboletas pararam de voar. A chuva de amor caía, e a tempestade atingia todos que estavam por aí, por aqui, por lá, e doía. Cada gota era um raio partindo o coração em pedaços. A chuva ficava cada vez mais forte, mas a esperança ainda estava intacta. A ilusão era visível nos olhos daqueles que observavam tudo, escorados no parapeito da janela. Tudo era bom, mas tudo era ruim também. Quando o sol se apagou, o amor passou a cair, a inundar, afogar e até salvar. Trazia sorrisos fingidos, lágrimas sofridas e fluía. As árvores pareciam dançar com a cantoria do vento. Elas pareciam chorar, e pareciam amar. O tempo passava, e as coisas já não eram as mesmas. As pessoas estavam perdidas, pedindo algo que não chegava. Elas amavam, mas ao mesmo tempo odiavam as coisas ruins que o amor trazia. Elas não sabiam mais o que pensar. E de repente, a esperança surgiu, as borboletas voltaram a voar e a colorir o céu, ainda cinza. A expectativa era tanta, que o amor foi esquecido. O amor se perdeu. A chuva parou de cair.