EXERCITANDO A FÉ

EXERCITANDO A FÉ

Depois de algum muito tempo, resolvi assistir a missa na Igreja Matriz de Santo André, a Igreja Rosa.

Assim, fazendo meu passeio dominical pela Vila Assunção, entrei no templo, pouco antes de começar a missa das 10:30h. Já havia assistido há alguns domingos, parte da celebração. Nesse horário, ela é acompanhada pelo coral muito bem ensaiado. Hoje resolvi assisti-la do princípio ao fim.

Recebi um histórico dos primórdios da igreja, e vi, com satisfação, que entre os nomes da comissão de construção da Matriz, em 1912, está um irmão de meu avô, o tio de meu pai, Manoel Joaquim de Lima. A construção da nova Matriz, iniciada em 1945, terminou em 1958. Meu pai fez parte da comissão de obras.

A Matriz está fazendo, este ano, seu centenário. Nela fui batizado, crismado, fiz a primeira comunhão. Pertenci à Cruzada Eucarística Infantil, e servi como coroinha.

Em comemoração ao centenário, foram colocados alguns banners nas laterais da igreja, com fotos antigas, inclusive das primeiras turmas da Cruzada, e dos primeiros alunos que frequentaram a Casa da Criança Padre Capra, nome do primeiro pároco. Era dirigida pelas Irmãs Carlistas. Não me esqueço das Irmãs Ignácia e Sabina. Fui o segundo a ser matriculado. A primeira foi uma menina chamada Herta. Isso por volta de 1944. Certo dia, numa brincadeira de criança, na creche, ela caiu e arrebentou o lábio superior. Era só sangue para todo lado. Provavelmente, apareço nessas fotografias. Lembrei-me, então, daquele período de minha infância. Havia um dirigente da Cruzada, de nome Bruno, que resolveu formar o quadro de futebol da entidade. Logo fui escalado para participar. Não esqueço o primeiro jogo que fizemos, no campo do Palestra de Santo André, situado na Vila Sapo. Fiz gol de cabeça, o primeiro dos inúmeros que marquei. Recordei-me de alguns outros componentes da equipe, como o goleiro Jesus, o Nadir, meia-esquerda, o Tito, zagueiro, o seu irmão Valdemar, ponta-direita. O único que vejo, ainda hoje, é o Nadir.

Antes do início da missa, vinte e dois casais que participaram do curso de noivos, entraram solenemente na igreja, acompanhados do padre celebrante. A cerimônia foi muito bonita. Notei a presença de diversas pessoas conhecidas, como Dona Ruth Macedo, a amiga Maria Evani, o casal de estimados amigos Yara e Altamir Moraes, ela me dando uma medalhinha de N. S. dos Milagres, para ser entregue à Iara, minha esposa.

Foram momentos bem agradáveis. Uma somatória de recordações, trazidas no instante do entrelaçamento da paz e reflexão advindas das preces elevadas, e as lembranças dos bons tempos da “... minha infância querida, que os anos não trazem mais...” (C. de Abreu)

Aristeu Fatal
Enviado por Aristeu Fatal em 26/03/2012
Código do texto: T3576789
Classificação de conteúdo: seguro