PENSAMENTOS E DIÁLOGOS REAIS

(Os conflitos de um cidadão mesmo rodeado de a fazeres, não o limita da oscilante incerteza que será sacudido da sua própria autoestima, e dessa passividade, a criação divina (Os homens) estando sujeita, sugere então, certa aplicação nos princípios do empoderamento que este obteve durante o amadurecimento dos conhecimentos adquirido através do crescimento. As coisas mais simples, deve também ter significado importante, que vai desde a um telefonema de um amigo, a um passeio num parque botânico da cidade, servindo de ferramentas de cognição).

Apertem o último botão...

Não é o da camisa, da braguilha, de um botão a costurar,renovando a farda. Não!

Até porque a renovação, não é o que eu quero, preciso. Eu só preciso de:

Uma gravata, um teto, um banco, impulso e...

Um salto para cima, e à gravidade fará o resto!

Só isso mesmo. Aceleração gravitacional, a 9/8 m/s². Pronto, nesse instante eu só preciso efetuar a física. Na Lua nada disso teria efeito. Nesse caso, pense a velocidade a 1/6 m/s²? Quase um balé de pernas abertas no vácuo, não é? Mas vocês entendem quanto a minha vontade? Quero acabar com tudo isso. Sabe da fúria? Não estou falando da vizinha, daquela que vivi sempre nervosa com todos ao redor de nossas casas, que quebra o pau com o marido,falando alto, nos fazendo ouvir cada detalhe desta briga. Eu falo da fúria, esta que nos consome mentalmente. A Misantropia me encontrou primeiro. Ficava lá, todo encolhido, abraçado ao ostracismo provocado. Ela antes de tudo isso, te xinga e sussurra ao mesmo tempo. É incrível. Perseguindo-nos sempre na penumbra madrugada. Faz te questionar. Das guerras pessoais é a grande pertinente, é o pensamento ativo que vai te limitando, te esgotando mesmo. Até uma hora que você pede:

Eutanásia!

Eu não presto, não tenho utililidade!

Já vivi o possível de mim mesmo. Um agente incapaz.

Apertem o último botão...

Logo a cabeceira há um líquido, põe na seringa seguindo o último risco em ml. É fácil. Senão isto, injeta qualquer coisa que o organismo não reconheça como parte da poesia religiosa. Todas as virtudes e adjetivos dado a mim foram vencidos pela catástrofe do crânio que se dizia mirabolante. Do Homo Sapiens Sapiens, sou a prova da incompetência, da lástima, da improdutividade. Viver? Afinal, por quê?

Apertem o último botão...

E com a graça de um singelo pedido final, pergunto:

Semideus (doutor) teria eu,a oportunidade da redenção?

Antes da resposta deste, é interrompido por algo ainda tão superior, dizendo:

(voz divina)

- Sim, e para início da tua redenção, diga-me em voz altíssima:

“Dentro da minha mente, vivi pedaços de cada meu amanhã”.

MARCONI MACHADO MENEZES
Enviado por MARCONI MACHADO MENEZES em 26/03/2012
Reeditado em 30/04/2012
Código do texto: T3576498
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