O tempo

O tempo é muito curto, a vida passa ligeira e só percebemos quando algum acontecimento nos dá conta disso. Este ano fará trinta anos que Sonnhilde, minha querida mestre, mãe e amiga foi-se embora, faço uma projeção e sei que daqui a 30 anos eu estarei nos oitenta e poucos anos de minha vida física.

Sei que urge o tempo na minha missão. A transformação é necessária e amiúde sou chamado a reconsiderar palavras, atos e pensamentos por que ainda não estou devidamente preparado para responder aos estímulos da vida mundana, com a consciência da vida espiritual. É o meu caminho.

Nas palavras digo muitas vezes coisas que gostaria de não ter dito, apesar de diuturnamente está considerando a sua essência mais grosseira, na esperança de errar menos e progredir mais, neste universo de emoções e sentimentos nos quais vivenciamos o nosso universo humano.

Nos atos, sou agraciado com a consideração alheia com determinada freqüência sobre a expressão deles em determinados momentos. Por estar agindo de uma forma mais ou menos alheia, ou fria, às vezes até descortês por que o poeta vive em seu universo interior, ligado à sua alma, na esperança da liberdade eterna.

Nos pensamentos, expressão direta de meus sentimentos, ainda me pego por vezes a estar distante do momento vivenciado no meu instante presente, mesmo me esforçando tão intensamente no aprimoramento de minha consciência na busca de minha presença correta, na expressão de minha vontade soberana.

Mas eu sei que ainda não estou pronto, pois no momento em que estiver preparado, me libertarei de todos os processos de dor e sofrimento que ainda me prendem ao orbe. Assim caminha a alma eu seu processo verdadeiro de auto-aprofundamento e descoberta de si mesma no infinito de sua existência multi-dimensional.