O Caso Valdomiro Santiago
Houve recentemente, por grande parte da imprensa, a repercussão do fenômeno Valdomiro Santiago. E porque se dá a isso o nome de fenômeno? Creio que seja devido ao fato de alguém ter enriquecido. E quais foram os meios que levaram esse alguém a enriquecer? Os meios têm sido aqueles que, desde o começo do mundo, têm feito a fortuna de muitos homens e mulheres. Quando alguém enriquece ao se tornar dono de muitas empresas, jornais, cadeias de televisão, operadoras de sistemas de comunicação não criamos estigmas em relação a isto e nem tanto disse-me-disse quanto à origem da fortuna dessa pessoa. Todos a estão vendo trabalhar incansavelmente em prol do benefício da sociedade, oferecendo serviços úteis aos cidadãos.
Antes de prosseguir, quero deixar bem claro que não sou adepto da Igreja Mundial do Poder de Deus; apenas teço aqui meu ponto de vista no que tange ao que vejo em relação a comentários sobre as ações dos religiosos. Para julgarmos é preciso provas concretas e para isso existem as instituições competentes. Como estava dizendo, será que não veem esse homem, o Valdomiro Santiago, trabalhar incansavelmente, viajando o país de ponta a ponta levando sua mensagem, juntando em torno de si milhares e milhares de peregrinos em busca de um conforto espiritual para os seus males? Por que esse vício de crucificar alguém por que ganhou dinheiro ao fornecer um serviço tão nobre e carente como esse?
É preciso pensar antes de dizermos qualquer bobagem. Aquele que dança na música da maioria, seguindo um rebanho de críticas comuns é faltoso de investigação ou conhecimento das coisas da vida. Digo que o homem religioso está em frequente contato com as verdades que vivemos buscando a todo o momento. Tão envoltos em nossos problemas cotidianos, esquecemo-nos de Deus, esquecemos que vivemos graças Ele; esquecemos que esse mundo é uma escola em que prestamos exames para prosseguirmos na trilha da evolução da alma. Sei que receberei críticas de alguns que seguem o cotidiano de falar antes de examinar, mas esse é o meu ponto de vista.
Quando fornecemos um benefício a alguém recebemos desse alguém, em forma de gratidão, inúmeras coisas materiais; podem ser em forma de dinheiro, algum bem, isso não importa; mas é a gratidão que fez o beneficiado doar o que bem entendia. Alguém alguma vez já viu ou soube que o Valdomiro meteu a mão no bolso de um fiel e disse “você tem que me dar dinheiro, senão não vou te atender?” Eu mesmo nunca soube disso; se alguém presenciar esse flagrante pode denunciá-lo. O que eu vejo são pessoas eliminando de suas vidas os males que as torturavam; financeiros, de doenças ou de conflitos; e muitas delas sem recorrer a profissionais diplomados que também ‘cobram’ altas somas. É verdade que o Valdomiro pede dinheiro. E porque não? Como ele vai tocar a obra; como ele vai manter as inúmeras igrejas cada vez mais cheias de pessoas em busca de paz. Quem tiver que dê. Que ajude. Quem não tiver ou não quiser, não dê nada, mas que não julgue o que não compreende. E Deus também não vai deixar de ajudá-lo por isso.
Penso que não há problema em pedir quantias, não importa o valor delas. Se alguém as fornece é porque tem a convicção de que esse gesto trará, em retorno, ainda mais prosperidade e já está provado que isso funciona; é a lei da mente, não temos como fugir dela.
A gratidão é algo de extrema importância em nossas vidas. É ela que nos dá felicidade. O homem verdadeiramente religioso tem ciência disso. Não vou dizer que não existem farsantes; que não existem aproveitadores da fé popular. Mas são raros e não duram muito tempo, porque a verdade é uma só: todo ato mau resulta em infelicidade. O homem que vive em contato com os ensinamentos de Deus adquiriu uma sensibilidade que o faz conhecer o interior das pessoas. E suas palavras fluem com sabedoria e promovem milagres como os que vemos a toda hora. E a gratidão do beneficiado é imensa; e em retorno ele quer contribuir de alguma forma. O religioso que promove essa transformação nas pessoas está em constante contato com a sabedoria de Deus, com o amor de Deus e com a vontade de Deus.
Então porque não deveria enriquecer? São exatamente essas pessoas que devem enriquecer, pois eu afirmo que o mundo seria muito melhor.
Muitas vezes procuramos desculpas para os nossos fracassos, para as nossas frustrações na vida e culpamos a outros em vez de culparmos a nós mesmos. Porque então não fazer como um Valdomiro Santiago, um Bispo Macedo, um R.R. Soares e tantos outros? Se alguém encontrar um desses praticando poligamia, encurtando a vida em boates, bebendo e fumando pode denunciá-lo ou descartá-lo, pois está indo contra os princípios de Deus.
Estão é isso. A riqueza material é decorrente de um serviço que prestamos a nossa sociedade e quanto mais pessoas beneficiarmos com nosso trabalho, mais ricos seremos, tanto material quanto espiritualmente. Se não estamos satisfeitos que façamos o mesmo, beneficiando o maior número de pessoas com o nosso amor, nossa atenção e, principalmente, nossa sabedoria porque ela vem de Deus. É diferente da inteligência, que vem do cérebro. Críticas medíocres e infundadas a nada levam, pois que não vão impedir de os homens sábios continuarem plantando o seu amor pela humanidade.