Caminho de Pedras
Lá estava ela, perambulando por um mar de silêncio, quadras, lotes, endereços, uns conhecidos e muitos outros tão estranhos, o caminho percorrido de salto não tão alto, mas que ao tocar no solo parecia um estrondo, mesmo que os passos fossem cautelosos ainda era possível notar cada toque do solado na trilha infindável de paralelepípedos.
Um grupo retornava cabisbaixo, nenhum sorriso ou aceno, apenas alguns sussurros, foi o bastante para faze-la esquecer o som que provocava ao andar e apressou o passo... a curiosidade era o único sentimento que a impediria de chegar no horário estabelecido, tentava observar mesmo que de relance os nomes de outros que já haviam realizado o mesmo percurso, porém fixaram residência e seus nomes permaneciam ali, registrados em letras garrafais...
Desejou não fazer o caminho de pedras, embora inevitável fosse partir um dia, optou por ser livre quando chegada a hora, passar a eternidade por sob as águas do atlântico quem sabe; não desejava ser trancafiada, enclausurada num minúsculo espaço, nem tão pouco desejava ser visitada por aqueles a quem não seria possível abrir a porta... sempre gostou de casa grande, encontros na cozinha e muita risadaria, não seria diferente quando partisse, estaria sempre por ali, no sorriso, no tempero, na lembrança...nas cadeiras espalhadas na varanda e na cozinha para acomodar parentes e amigos, é assim que deseja ser lembrada...
O pensamento foi interrompido por uma oração, eram amigos reunidos para a despedida, aproximou-se, cumprimentou um ou outro e seguiram unidos no ritual, o que lhe povoava a mente nesse instante eram apenas lembranças de um tempo que não volta mais, e seguiram o caminho de pedras...
Lá estava ela, perambulando por um mar de silêncio, quadras, lotes, endereços, uns conhecidos e muitos outros tão estranhos, o caminho percorrido de salto não tão alto, mas que ao tocar no solo parecia um estrondo, mesmo que os passos fossem cautelosos ainda era possível notar cada toque do solado na trilha infindável de paralelepípedos.
Um grupo retornava cabisbaixo, nenhum sorriso ou aceno, apenas alguns sussurros, foi o bastante para faze-la esquecer o som que provocava ao andar e apressou o passo... a curiosidade era o único sentimento que a impediria de chegar no horário estabelecido, tentava observar mesmo que de relance os nomes de outros que já haviam realizado o mesmo percurso, porém fixaram residência e seus nomes permaneciam ali, registrados em letras garrafais...
Desejou não fazer o caminho de pedras, embora inevitável fosse partir um dia, optou por ser livre quando chegada a hora, passar a eternidade por sob as águas do atlântico quem sabe; não desejava ser trancafiada, enclausurada num minúsculo espaço, nem tão pouco desejava ser visitada por aqueles a quem não seria possível abrir a porta... sempre gostou de casa grande, encontros na cozinha e muita risadaria, não seria diferente quando partisse, estaria sempre por ali, no sorriso, no tempero, na lembrança...nas cadeiras espalhadas na varanda e na cozinha para acomodar parentes e amigos, é assim que deseja ser lembrada...
O pensamento foi interrompido por uma oração, eram amigos reunidos para a despedida, aproximou-se, cumprimentou um ou outro e seguiram unidos no ritual, o que lhe povoava a mente nesse instante eram apenas lembranças de um tempo que não volta mais, e seguiram o caminho de pedras...