QUANDO AS MÃOS VERTEM LÁGRIMAS
Sentada, ela segurava entre as suas, as mãos daquela jovem mãe.
Falar mais o que?! Pensava ela.
Ouvir com atenção e carinho, tendo no olhar a empatia pela imensa dor que dilacerava o coração, daquela mulher.
Antes de mais nada, ela era mãe também, por isso entendia bem, o desespero sereno que se mostrava no olhar daquela, que guardava as mãos entre as suas.
No leito ao lado delas, um menino de 3 anos e 7 meses, respirava com dificuldade. A cabeça toda enfaixada, mostrava a grande intervenção sofrida dias antes, para extração de um tumor maligno do tamanho de um limão.
Ainda não era possível avaliar as sequelas, já que o cérebro precisou ser muito mexido, para que todas as visíveis ramificações do tumor fossem retiradas.
As mãos daquela mãe, deixavam-se ficar aconchegadas entre as dela. Como se estivesse recebendo uma corrente de força, coragem, esperança e calma, diante de tão dolorosa situação.
Ela, que de coração buscava doar, sabia, que as mãos são poderosos condutores de energia, e portanto se esmerava em ofertar o melhor, para aquela jovem mãe, tão abalada em suas emoções.
Pouco precisava ser dito. Alias tudo já fora dito.
Ela, acompanhava o momento em que o cirurgião em visita ao pequeno, constatava o estado delicado em que jazia a criança.
Nesse momento, as mãos daquela mãe, que retinha com carinho, entre as suas, ficavam molhadas, como se as lágrimas não viessem somente dos olhos, mas pelas mãos também.
Mesmo nessa hora de muita apreensão, ouvindo o médico, que avaliava o estado delicado do menino, a jovem mãe, não soltava as mãos de dentro das suas.
Somente bem depois, muito depois, vagarosamente as mãos foram se soltando, não sem resistência de ambas as partes, mas por necessidade. Afinal haviam outras mães, na mesma situação daquela, que precisavam do calor, do toque, do simples contato, para saberem-se acolhidas, e entendidas, dentro do infinito de suas dores.
(Foto da Autora)
Agradeço ao Poeta Jacó Filho
Mãos que recebem da mente, ordem e a escreve.
Que falam de amor como se a extensão da alma....
Mãos que reconhecem no tato a beleza mais breve.
Mãos para as quais, as minhas batem palmas...
Sentada, ela segurava entre as suas, as mãos daquela jovem mãe.
Falar mais o que?! Pensava ela.
Ouvir com atenção e carinho, tendo no olhar a empatia pela imensa dor que dilacerava o coração, daquela mulher.
Antes de mais nada, ela era mãe também, por isso entendia bem, o desespero sereno que se mostrava no olhar daquela, que guardava as mãos entre as suas.
No leito ao lado delas, um menino de 3 anos e 7 meses, respirava com dificuldade. A cabeça toda enfaixada, mostrava a grande intervenção sofrida dias antes, para extração de um tumor maligno do tamanho de um limão.
Ainda não era possível avaliar as sequelas, já que o cérebro precisou ser muito mexido, para que todas as visíveis ramificações do tumor fossem retiradas.
As mãos daquela mãe, deixavam-se ficar aconchegadas entre as dela. Como se estivesse recebendo uma corrente de força, coragem, esperança e calma, diante de tão dolorosa situação.
Ela, que de coração buscava doar, sabia, que as mãos são poderosos condutores de energia, e portanto se esmerava em ofertar o melhor, para aquela jovem mãe, tão abalada em suas emoções.
Pouco precisava ser dito. Alias tudo já fora dito.
Ela, acompanhava o momento em que o cirurgião em visita ao pequeno, constatava o estado delicado em que jazia a criança.
Nesse momento, as mãos daquela mãe, que retinha com carinho, entre as suas, ficavam molhadas, como se as lágrimas não viessem somente dos olhos, mas pelas mãos também.
Mesmo nessa hora de muita apreensão, ouvindo o médico, que avaliava o estado delicado do menino, a jovem mãe, não soltava as mãos de dentro das suas.
Somente bem depois, muito depois, vagarosamente as mãos foram se soltando, não sem resistência de ambas as partes, mas por necessidade. Afinal haviam outras mães, na mesma situação daquela, que precisavam do calor, do toque, do simples contato, para saberem-se acolhidas, e entendidas, dentro do infinito de suas dores.
(Foto da Autora)
Agradeço ao Poeta Jacó Filho
Mãos que recebem da mente, ordem e a escreve.
Que falam de amor como se a extensão da alma....
Mãos que reconhecem no tato a beleza mais breve.
Mãos para as quais, as minhas batem palmas...