A boa leitura e a boa conversa

 

Gosto de falar da minha admiração profunda pelos cronistas Rubem Braga, falecido, e Carlos Heitor Cony, para nossa alegria e felicidade, vivo e ainda bem vivo. Também por vários outros, dentre homens e mulheres, claro, mas esses dois em especial.

 

Pois bem. São 2h59, em nosso horário, que não é o horário brasileiro de verão. Estou findando, neste fim de noite e começo de dia, minhas atividades noturnas. E, não poderia ser melhor, faço-o com chave de ouro, a saber, com a leitura da crônica “O suor e a lágrima”, de Cony, publicada pela Folha de São Paulo, edição de 19 de fevereiro de 2001. Leitura no blogue literário Voo da Gralha Azul.

 

Puxa vida, a despeito da simplicidade do assunto tratado e da reduzida quantidade de palavras empregadas pelo cronista, “O suor e a lágrima” é uma das mais belas crônicas que já li. Tinha que ser realmente com essa bela página o encerramento das minhas atividades de hoje, sem dúvida, para que não deixasse passar em branco o meu dia, sem escrever algo.

 

Ler e escrever é o que me mantém de pé, com vida, sem exagero o digo. Não foi sem razão que, após me receitar remédios para depressão, em 2010, o Dr. César Antônio Rodriguez Montes, meu cardiologista, como último conselho ou recomendação daquela consulta, disse-me: “Procure fazer o que gosta. Por exemplo, sei que gosta de ler e escrever. Continue fazendo isso, que vai lhe fazer bem.”

 

Claro, eu segui o conselho do meu médico, porque sei que ele quer o melhor para mim. Confio no meu médico, porque sou advogado e exijo que meus constituintes confiem em mim. “Ao médico e ao advogado não se mente”, já diziam os romanos. E eu sempre friso isso na conversa profissional com os que me procuram os serviços. E sempre lhes digo: “Se você não confia no seu médico ou advogado, mude de profissional, porque essa relação tem que ser de inteira confiança.”

 

É das minhas leituras e da conversa com amigos e parentes que, diariamente, tiro a força necessária para encarar a vida e ser feliz. Na tarde de hoje (tarde de ontem, aliás, já que estamos bem depois da zero hora), por exemplo, conversei por longo tempo, no Messenger, com o Dr. Carlos Magno, meu ex-colega de Câmara Municipal de Marabá, hoje juiz de direito de Nova Timboteua. Como foi boa, alentadora, confortante, revigorante a nossa conversa!

 

É isso. Li e escrevi. Também tomei muitos remédios e fiz um variado número de outras atividades. É hora de ir dormir. Fá-lo-ei agora. Que o Criador seja servido de me fazer depois acordar e continuar vivendo!