Reflexões do momento...
Reflexões do momento
Theo Padilha
Meus pensamentos surfam pelo meu intelecto e atingem ondas gigantes que me satisfazem e me ajudam a entender esse mundo maluco.
Um desses pensamentos é a informática. Que maravilha essa descoberta. Imaginem vocês, meus camaradas leitores, se os grandes nomes da escrita pudessem ter um computador quando escreveram suas histórias. Acho que Machado de Assis iria dobrar a quantidade de livros que escreveu, pobre de mim que trabalho numa biblioteca. Iria sofrer muito com esses exemplares. Havia escritores que escreviam em pedaços de papel como Graciliano Ramos“, Memórias de Cárcere”, quando estava na prisão.
E o Dr. Rui Barbosa. Iria dar muito emprego para os seus editores. Há uma lenda sobre esse gigante da literatura brasileira. Conta-se que quando ele foi fazer uma visita ao presidente da Argentina, o presidente pediu que o esperasse na biblioteca da Casa Rosada. Quando ele se desvencilhou de seus afazeres voltou para conversar com Rui e o encontrou de pé olhando o título dos livros. Cordialmente lhe disse: “O Doutor deseja levar algum livro para leitura?” Rui Barbosa, ajeitou os óculos e lhe respondeu laconicamente: “Eu já os conheço!”
E Castro Alves, então, quantas poesias deixaram de ser escritas por preguiça pisciana, ou pela tuberculose que o atormentou no final da vida. Quantas vezes ele não sonhou com poemas para a sua musa Eugênia Câmara. Que num computador seria fichinha para ele. Há um, porém, neste caso. Como ele era jovem quando criou suas obras, ele poderia não tê-las criado se se voltasse para gastar seu tempo no orkut, ou nos e-mails, ou nos jogos.
Outra onda que me assola é a do cientista Dr. Miguel Nicolellis, que nos assusta com suas descobertas. Onde já se viu levar a mente de um homem de um país para outro distante, e usar um gorila como cobaia que estaria repetindo os gestos do homem que ficou no outro país. Ou conduzir as nossas mentes para passeios em Marte ou em outros planetas.
Será que a Máquina do Tempo, vai sair do papel e dos filmes?
Vamos parar para pensar...
Joaquim Távora, 19 de março de 2012.