PRECONCEITO SOCIAL NO BRASIL ATUAL

PRECONCEITO SOCIAL NO BRASIL ATUAL

Favela = Violência?

Na sociedade atual, o preconceito social é comum devido ao crescimento das “favelas” que abrigam classes sociais mais pobres. O problema consiste em acreditar que certas classes são inferiores a outras que possuem mais bens, criando estereótipos, procurando apontar o que falta nas “vítimas” para serem semelhantes na sociedade.

Podemos dividir o “favelado” em três personagens distintos:

- Os traficantes: caracterizam a violência que assola a sociedade.

-os miseráveis: São os que se encontram socialmente excluídos à pobreza extrema.

- Os moradores honestos: Personificados na figura de trabalhador pobre.

Esses personagens acabam se misturando no imaginário da população.

S

e fizermos um traçado histórico, percebemos que a desigualdade social não é recente. Pode ser vista desde os primórdios da humanidade; com o surgimento das civilizações na mesopotâmia, a sociedade ficou dividida, havia uma parcela da população com um bom poder e que era soberana à parcela de baixo poder. O mesmo aconteceu no feudalismo.

A distribuição do poder sempre foi baseada na posição dos indivíduos. Consistindo numa pirâmide social que divide a sociedade em classes – alta média e baixa. Os que ocupam alto poder desempenham funções valorizadas socialmente.

O Brasil contém hoje, o terceiro pior índice de desigualdade no mundo, causado por males políticos, econômicos, sociais, éticos e culturais. Segundo os historiadores, após a assinatura da Lei Áurea, a liberdade dos escravos foi concedida, porém eles não tinham conhecimento à cerca dos fatos sociais, desse modo, criaram sua própria organização, aproveitando daquilo que lhes eram favoráveis. Passaram a morar em “montes aglomerados”, assim integrando as favelas.

A especulação mobiliária joga a população carente nas zonas periféricas para ocupar terrenos vazios e, com isso, vão crescendo. Pela falta de políticas de inclusão e geração de renda para essa comunidade, a maioria vive de trabalho casual, serviços domésticos, produção em pequena escala e comércio. É bastante comum ver as portas de empresas se fechando no instante que alguém declara ser morador de favela e seu currículo é “jogado fora”, sendo reconhecido somente como bandido. O morro passa a ser visto como local de gente perigosa e marginal.

A falta de perspectiva no futuro e de empregos para as gerações mais novas retrata a continuidade da exclusão social. O jovem da periferia, geralmente não tem emprego formal, a maioria faz “bicos eventuais” com o tráfico e outras atividades ilegais, onde podem ganhar mais dinheiro em bem menos tempo.

Quanto ao modo de vestir, o problema se torna ainda mais alarmante. Quando uma pessoa entra em uma loja com roupas simples ou desgastadas, os funcionários do local, muitas vezes não atendem ou agem com frieza, pois pensam que o cliente é um ladrão ou não tem dinheiro para comprar os produtos da loja.

Em nossa sociedade, está bem claro que a mídia também contribui negativamente, o espectador é obrigado a aceitar que determinada região é perigosa e alguns programas de TV como “Sai de Baixo” da TV Globo, tem um personagem (o ator Miguel Falabella) que dizendo frases como “Eu tenho horror de gente pobre”, ou “coisa de pobre”. Novelas como Maria Do Bairro, retratam a vida de uma personagem carente que é julgada como “Marginal” pela antagonista.

A música da comunidade, geralmente é formada pelo Rap. As letras funcionam como uma reconstrução daquilo que vivenciam, deixando implícitas as precárias condições de vida e os problemas sociais.

Mesmo que a sociedade pense que o morador de favela já tem o seu destino traçado, alguns jovens mostram que não é sempre assim. O jogador de futebol Ronaldo Fenômeno é um exemplo de pessoa vencedora. Durante a infância morou na conhecida favela de “Bento Ribeiro” e o sonho de ser jogador nunca foi selado. Na adolescência iniciou sua carreira, jogando na base do flamengo, com isso pode crescer e se tornar o fenômeno que é hoje.

No Brasil, as hierarquias são diferentes. As leis não são válidas para todos os cidadãos. A criminalidade só tem aumentado em decorrência do consumo de drogas e da exclusão social das camadas inferiores. A solução está no governo em implantar políticas públicas mais eficazes e uma educação mais planejada, a escola é responsável pela inclusão social e formação cultural das novas gerações.

Jeander Cristian
Enviado por Jeander Cristian em 17/03/2012
Código do texto: T3560063
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