O Metrô de São Paulo desrespeita o público usuário
O Metrô de São Paulo desrespeita o público usuário
N’outro dia; na estação do Metrô da Praça da República, eu apanhei o trem com destino Luz/Butantã, desci na Estação Consolação com o intuito de seguir para Estação das Clínicas, d’alí, eu saí a procura de uma placa sinalizadora que indicasse o caminho para a linha de Vila Madalena/Vila Prudente, sem sucesso: depois de percorrer um bom trecho, encontrei um longo corredor e pensei é por aqui e seguir por ele, no final deste, havia uma moça meio escondida por traz de um balcão e perguntei-lhe, senhorita, você sabe me informar como chegar à linha do metrô Madalena/Prudente? Ela respondeu-me, basta o senhor voltar e seguir o que indica aquela placa, “linha verde”, virei-me na direção oposta e não vi a tal placa, e perguntei-lhe, qual placa senhorita? Ela esticou o dedo indicador e apontou como se estivesse a mostrar-me no Céu uma estrela cadente, ai eu quebrei o pescoço para poder olhar na direção apontada e lá vi uma pequena placa com os dizeres, “linha verde” e nada mais, nada de Vila Madalena e nada de Vila Prudente – “eu considerei aquilo como informação de grego”, agradeci pela gentil informação prestada a mim pela moça e seguir feito doido, a olhar para o teto da estação em busca d’outras placas indicadoras. (Por pouco eu teria quebrado o nariz numa queda motivada por uma caminhada forçada) Na volta, apanhei o trem na estação Clínicas e ao chegar à estação Consolação, eu ouvi alguém a falar, Estação Consolação, transferência para linha amarela, então fiquei atento, seria só seguir a tal indicação “linha amarela”, mas ao descer observei o local, para frente não havia nada, para a esquerda, nada, para a direita, nada, a intuição mandou-me seguir pela direita, onde percorri longo trecho e não enxerguei nenhuma placa indicadora da linha amarela, nem mesmo uma seta pintada na cor da linha referida, no final desse percurso, havia uma escada e eu subi-a, a escadaria dava para a saída dos bloqueios, dirigi-me a um funcionário e este informou-me ser o caminho contrário d’aquele que eu havia percorrido, retomei por aquele caminho e continuei em busca de placas indicadoras, foi ai que eu me lembrei de novamente quebrar o pescoço a olhar para fora do meu ângulo de visão, ou seja, para o teto, ai eu descobri que as tais placas foram colocadas em local específico para pessoas de estatura de dois metros e cinquenta centímetros (2.50m) e pensei, ora pois, a estatura média dos brasileiros é de um metro e setenta centímetros, (1.70m) fiquei a perguntar-me, haverá na empresa METROPOLITANA de São Paulo um engenheiro capaz de entender que o ângulo de visão do brasileiro num caminhar natural fica em torno de um metro e vinte centímetro de altura, (1.20m)?
P.S.: a placa indicadora da linha amarela, era um quadrado de aproximadamente 50 x 50 cm dentro d’outra de cor verde e a conter outros anúncios, o que dificultava a identificação da informação primária e necessária ao usuário do Metrô.
Aqui vai uma sugestão para o metrô, pintar as placas informativas, sempre na cor específica da linha referida. Exemplo: - LINHA AMARELA – LUZ – BUTANTÃ  e na altura do ângulo de visão de uma pessoa em caminhar normal.
(Raimundo Chaves)