A rosa despetalada
A dor da perda de alguém por desencontro e decepção é uma das mais difíceis experiências da vida.
Quando acontece a pessoa se revolta contra quem amava ou contra si próprio. “Por que fez isso comigo?”
A recuperação de quem passa pela experiência da “rosa que perdeu as pétalas” é uma tarefa monumental, longa, lenta e penosa. Conhece os recessos mais profundos do jardim que é o coração. Exige aceitação dos sentimentos e o resgate de forças interiores de forma a desenvolver atitudes positivas em relação ao passado, ao presente e ao futuro. O renascer das cinzas começa com pequenos passos. Eis alguns:
. Aprender a conviver com questões sem respostas já que a presença dos “porquês” nunca resolvidos é uma constante. Faz-se necessário esquecer os porquês , aceitar o que aconteceu e continuar a viver.
. Dar espaço e tempo para as memórias dolorosas. Somente lidando com elas é que emergirão também as lembranças boas.
. Admitir os sentimentos de raiva. Nunca ficamos com raiva de alguém que não amamos. A raiva não é o oposto do amor, mas uma dimensão dele, sinal de um amor ferido por espinhos.
. Transformar a culpa em perdão e descobrir que não podemos julgar o ontem com o conhecimento do hoje...
. Aceitar a solidão. A solidão é o preço que pagamos por amar.
Atrás de cada rosa despetalada sempre existe uma história a ser acolhida e compreendida.
É um desafio...