Só promessas!
Ao aproximar o período de campanhas eleitorais, principalmente para o governo federal, o brasileiro respira fundo, fica mais animado, mais confiante a cada discurso.
Seja esse ou aquele candidato, (na verdade não temos candidatos), todos prometem sempre a mesma coisa.
Alguns, melhorar a saúde, dizem que o salário mínimo precisa de um aumento real e não reajustes mínimos. Precisa deixar de ser um salário mínimo e ser um salário real.
Outros já viajam pela nave da educação, fazem belos discursos, tentando fisgar os professores e estudantes com a isca de melhores condições para a educação e salário digno para a classe sofrida dos professores.
Assim vão prometendo e defendendo metas, reforçam a questão da saúde que está indo de mal a pior (como se o brasileiro não estivesse sentindo, isso, na pele), que o governo precisa investir em atendimento e aumento de leitos hospitalares, sem falar das promessas de outros atendimentos vinculados à saúde.
A segurança, coisa difícil de se ver e sentir, principalmente nos grandes centros, é um dos temas abordados com ênfase, pois além de conquistarem a simpatia dos policiais e militares em geral, buscam de tabela suas famílias e aqueles que de alguma forma está sentindo a falta da tão desejada segurança.
O bolsa família...
Como tem rendido votos e popularidade o tal bolsa família. É como aqueles pregadores de igrejas que falam uma palavra sobre a religião e dez pedindo dinheiro para suas obras (aquelas da sua nova mansão e da desejada cadeia de televisão). Em resumo, usam o dinheiro público para comprar votos dos pobres, como se fossem um segundo Getúlio Vargas (o pai dos pobres). Tudo farei para o povo. O brasileiro vai viver uma nova era, vamos acabar com a fome, vamos distribuir auxílios para os pobres, etc. Mas na verdade, não prometem uma coisa real, ficam só nessas divagações, pois sabem que nunca mudarão. Podiam ter em seu projeto de governo melhor assistência social, aliviando aqueles que sofrem de outras causas. Podiam implementar projetos que levassem desenvolvimento e emprego às áreas onde a única fonte de renda é o bolsa família. Mas as promessas continuam.
Como política é igual trânsito: tudo que não é proibido é permitido.
Até o Serra, segundo publicou o Jornal o Globo em 14 de janeiro passado, em visita à Bahia, além de elogiar o governo Lula (naturalmente desejando pegar uma carona) enalteceu o bolsa família, afirmando que na sua perspectiva ele precisa ser reforçado. Para quem sabe ler, um pingo é letra (ditado popular). Serra não só quer abocanhar os eleitores do Lula, como acena para aqueles pobres sem emprego e sem nenhuma estrutura social, pedindo seus votos em troca de uma melhoria, que certamente ficará só na promessa.
Aliás, qualquer promessa, no sentido de dar alguma coisa à alguém, com a intenção de angariar simpatia eleitoral, deveria ser considerado compra de voto com o dinheiro público e condenada pela Lei Eleitoral.
Continuando, os Senhores candidatos vão prometer, nas próximas campanhas transformar o nosso País no melhor lugar do mundo para vivermos. Mas essa transformação, ficará só nas campanhas.
Portanto, os cidadãos brasileiros que gostam muito de um samba de futebol e cerveja, fiquem atentos, seu time pode perder e é possível que chova no dia do desfile.