SUICÍDO

Hoje terminei de ler um livro, SAÕ BERNARDO, de Graciliano Ramos. Nele uma personagem, mulher, mãe, esposa, sobrinha, amiga, suicida-se. Ela não suportou a grosseria e o ciúme do marido, Paulo Honório. Não entendo por que MADALENA quis dar cabo de sua vida. Ela era inteligente, boa pessoa, todos a admiravam... Bem, é só uma personagem... Mas, há tantos e tantos casos na vida real que resolvi colocar no papel os pensamentos que tiritam na minha mente. A Madalena não conseguiu evitar, jovens e adultos reais não conseguiram evitar. Porém, presumo e quero crer que nós possamos evitar essa armadilha do destino e que possamos ajudar outras pessoas a evitarem-na.

A vida atual é uma loucura! Ela é muito estressante, vivemos cansados, fatigados e sem tempo para o lazer, para aquela sensação de descanso, de calmaria, sabem? Aquele momento de puro gozo durante o qual nos reiteramos de que a vida vale a pena! Pois é, se não temos esse momento, se não tiramos parte de nosso dia para fazermos o que nos alegra verdadeiramente, então não chegaremos a sentir que a vida valha mesmo a pena!

Pois bem, a chave é o tempo. Precisamos ter tempo para nos conhecer. Conhecendo-nos fica mais fácil nos curar dos males que nos afligem. Digo nos curar porque depender de médico, plano de saúde, SUS, pronto atendimento (rará para esse nome, nunca é pronto atendimento, leva-se de 4 a 6 horas para ser atendido...) é uma monstra demora, uma maratona cansativa que fugimos como o diabo foge da cruz. Com isso não quero dizer que não devemos ir a médicos, não, apenas que devemos saber desvencilharmo-nos de muitas das armadilhas psicológicas que nos afetam todos os dias. Devemos conhecer os remédios para nossos males, que, às vezes, são remédios simples demais como uma caminhada, como dançar, ouvir música, pedalar, um simples beijinho no local do “dodói”, como fazem as criancinhas quando se machucam; vale também conversar com um amigo, vale conversar com o papel, tocar um instrumento musical, vale quase tudo! Entretanto, o remédio é diferente para cada pessoa e é por esse motivo que cada um deve se conhecer a ponto de saber se sozinho consegue livrar-se de suas dores ou se necessita de ajuda.

Devemos nos conhecer profundamente, nos posicionar frente à vida, frente ao mundo. Devemos refletir sobre o que significa para nós a família, o trabalho, sobre o que é felicidade, o que é a amizade, qual o peso do dinheiro em nossas vidas, o que mais nos aborrece, o que mais nos alegra, o que é a morte, qual é nosso objetivo de vida, quais as nossas metas para os próximos anos. Não devemos levar uma vida sem propósitos. É por isso que os momentos de reflexão devem existir e são valiosíssimos! Eu os conclamo a parar um pouco, parar tudo mesmo e se colocarem a pensar sobre suas vidas, seus sentimentos, suas ações e, principalmente, sobre seus sonhos! Deve ser demasiado triste viver só por viver. Ir passando os dias nesse corre-corre, nessa doideira, sem saber o porquê, trabalhar, feito um cavalo, sem saber para quê, estudar tanto para nada, esforçar-se para os outros... Não, isso é que não!

Objetivo. Apenas reflita, trace seus objetivos e passe a direcionar seus esforços para essa finalidade, esforce-se para atingi-los e, que, esses lhe tragam, ao longo do tempo, mais prazer, mais alegria, mais felicidade! Você verá! Seus dias terão outra cor e outro peso! Com certeza, bem mais fáceis de levar!

DoraSilva
Enviado por DoraSilva em 14/03/2012
Reeditado em 15/03/2012
Código do texto: T3553371
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