O MACALÉ
Fiquei muito emocionada, quando vi as fotos que meu primo Márcio, me enviou.
Por um motivo triste, ele conseguiu licença para adentrar a vila florestal que morávamos em nossa infância.
Nosso querido primo Darcio, partiu recentemente para a grande viagem. E seu último pedido: Queria que seu corpo fosse cremado e, suas cinzas fossem espalhadas, por toda vila, que viveu em sua infância e parte da mocidade.
A companhia que hoje, é proprietária daquelas terras, atendeu ao pedido e, a família pode rever aqueles sítios saudosos. Eu, estava em viagem e não pude estar presente.
Mas, as fotos chegaram até mim.
Foi com muita emoção que revi o MACALÉ, era assim que chamávamos um dos fornos de cal que existia na vila.
Quantos folguedos e passeios não fizemos pelos altos trilhos dessa construção.
O Macalé é hoje patrimônio histórico. Sendo assim, não pode ser destruído.
Tanta coisas vivemos nessa vila. Minha família inteira habitava ali.
Meus bisavós e minhas avós, materna e paterna, vieram da Italia e, foram morar nessa reserva florestal. Trabalhavam como operários, moravam em casas, que eram cedidas pela companhia de papel, a cada trabalhador e, delas somente saiam quando se aposentavam.
Meu primo Darcio, viveu no Monjolinho, até sua mocidade.
De lá saiu, pra buscar novos horizontes. Dono de uma personalidade inquieta e inteligente, foi artista de teatro.
Fui vê-lo em duas peças, e me comovi, com seu talento.
Depois casou-se. E foi residir em Curitiba, onde continuou a trabalhar em televisão. Apresentava um programa diário em uma emissora local. E viveu nessa cidade até ser chamado de volta pelo Criador.
Porém, a vila querida, nunca foi por ele esquecida.
Em conversas ao telefone, costumávamos chamá–la de paraíso perdido no tempo.
Ele tinha lembranças tão caras ao coração, dos tempos vividos no Monjolinho, que teve como último desejo, que suas cinzas fossem ali espalhadas.
Minha família viveu um tempo encantado nesse vilarejo. Não somente pelo local ser de uma beleza plena. Pois, a natureza ali era exuberante.
Mas, principalmente, por ter naquela época a família inteira reunida num só lugar, num convívio diário. E como era harmonioso e gratificante esse conviver.
O tempo porém passa independente do nosso consentimento e, leva com ele, vidas, sonhos. Mas, mesmo sendo senhor absoluto, ele (o tempo) não pode nos roubar os sentimentos. Esses com o correr dos anos, só se fortalecem, criam vínculos indestrutíveis e perenes, que ficam guardados nas dobras de nossa alma.
Abrir essas dobras, é viver emoções que confirmam que a vida vale muito a pena ser experimentada e, sorvida em sua essência. Essência essa que responde pelo nome de Amor.
(Foto do MACALÉ)
Fiquei muito emocionada, quando vi as fotos que meu primo Márcio, me enviou.
Por um motivo triste, ele conseguiu licença para adentrar a vila florestal que morávamos em nossa infância.
Nosso querido primo Darcio, partiu recentemente para a grande viagem. E seu último pedido: Queria que seu corpo fosse cremado e, suas cinzas fossem espalhadas, por toda vila, que viveu em sua infância e parte da mocidade.
A companhia que hoje, é proprietária daquelas terras, atendeu ao pedido e, a família pode rever aqueles sítios saudosos. Eu, estava em viagem e não pude estar presente.
Mas, as fotos chegaram até mim.
Foi com muita emoção que revi o MACALÉ, era assim que chamávamos um dos fornos de cal que existia na vila.
Quantos folguedos e passeios não fizemos pelos altos trilhos dessa construção.
O Macalé é hoje patrimônio histórico. Sendo assim, não pode ser destruído.
Tanta coisas vivemos nessa vila. Minha família inteira habitava ali.
Meus bisavós e minhas avós, materna e paterna, vieram da Italia e, foram morar nessa reserva florestal. Trabalhavam como operários, moravam em casas, que eram cedidas pela companhia de papel, a cada trabalhador e, delas somente saiam quando se aposentavam.
Meu primo Darcio, viveu no Monjolinho, até sua mocidade.
De lá saiu, pra buscar novos horizontes. Dono de uma personalidade inquieta e inteligente, foi artista de teatro.
Fui vê-lo em duas peças, e me comovi, com seu talento.
Depois casou-se. E foi residir em Curitiba, onde continuou a trabalhar em televisão. Apresentava um programa diário em uma emissora local. E viveu nessa cidade até ser chamado de volta pelo Criador.
Porém, a vila querida, nunca foi por ele esquecida.
Em conversas ao telefone, costumávamos chamá–la de paraíso perdido no tempo.
Ele tinha lembranças tão caras ao coração, dos tempos vividos no Monjolinho, que teve como último desejo, que suas cinzas fossem ali espalhadas.
Minha família viveu um tempo encantado nesse vilarejo. Não somente pelo local ser de uma beleza plena. Pois, a natureza ali era exuberante.
Mas, principalmente, por ter naquela época a família inteira reunida num só lugar, num convívio diário. E como era harmonioso e gratificante esse conviver.
O tempo porém passa independente do nosso consentimento e, leva com ele, vidas, sonhos. Mas, mesmo sendo senhor absoluto, ele (o tempo) não pode nos roubar os sentimentos. Esses com o correr dos anos, só se fortalecem, criam vínculos indestrutíveis e perenes, que ficam guardados nas dobras de nossa alma.
Abrir essas dobras, é viver emoções que confirmam que a vida vale muito a pena ser experimentada e, sorvida em sua essência. Essência essa que responde pelo nome de Amor.
(Foto do MACALÉ)