DEPOIS DO PRIMEIRO ALMOÇO - PARTE 3

Depois que meus amigos acordaram de uma boa soneca deitados em uma rede esplendida ao som do cantar dos pássaros e a luz do sol parnaibano, convidei-os para tomar sorvete que no dizer dos filhos da terra e de alguns turistas que por aqui passaram é o melhor sorvete do Brasil, quiçá do mundo. Menos, menos. Mas que o sorvete da “Sorveteria Araújo” é famoso é um fato.

E lá fomos nós para a Sorveteria do Araújo que fica no espaço cultural do Porto das Barcas próximo à Ponte Simplício Dias. Existem mais duas outras sorveterias “Araújo” uma na Praça do Trem e outra na Praça Santo Antônio. Optamos pela a do Porto das Barcas porque lá é um ponto turístico.. A história da Parnaíba começou exatamente no Porto das Barcas que fica às margens do Rio Igaraçu, braço do rio Parnaíba. A arquitetura do local é antiga, os armazéns foram construídos de pedra bruta, argamassa, cal, ostras e óleo de baleia. Várias lojinhas de artesanatos se espalham pelo local, assim como também restaurantes, pizzaria, pousadas, agências de viagens e turismo e o auditório da Associação Comercial.

Foi difícil chegar ao nosso destino porque meus amigos entravam em cada lojinha de artesanato, comprando souvenir e apreciando a riqueza de nossos artistas. Lindos trabalhos em madeira, palha da carnaúba, tecidos bordados, rendas, couro, etc.

Finalmente chegamos ao sorvete. Agora difícil era escolher o sabor. Eles não conheciam a seriguela nem o bacuri. Muito menos o sorvete de tapioca. E o de cajazinha e sapoti? O resultado foi que acabaram tomando uma bola de cada. Todos eram maravilhosos, diziam eles.

Nessas alturas o sol já estava querendo se recolher. Convidei - os para apreciar esse lindo fenômeno da natureza da antiga casa de D. Auta, hoje o Instituto Histórico Geográfico e Genealógico de Parnaíba – IHGGP.

D. Auta para uns era uma ex - escrava do Capitão Francisco José Castelo Branco, uma linda mulata que se envolveu com um imigrante europeu. Segundo outros era uma mulher da sociedade linda e elegante que amou intensamente um imigrante europeu e desencantada com o final desse amor ficou reclusa a uma saleta que mandara construir no alto do prédio de estilo colonial (século XVIII) que fica na rua Duque de Caxias com a rua Vicente de Paulo. E de lá apreciava toda a vista da cidade. Essa saleta cumprida tem janela para dois lados. O por do sol visto de lá é um encanto, até porque do outro lado da janela em tempo de lua ela aparece misteriosa e linda, rindo para o sol que vai se recolhendo. De um lado o sol se pondo, do outro o lua nascendo. Imagine só que coisa linda. Meus amigos presenciaram esse belíssimo quadro que me deslumbra até em relatar jogando as letras no papel. O por do sol pode ser visto também com todo esse encantamento do último andar do Hotel Delta e mais belo fica dos rochedos da nossa encantadora praia “A Pedra do Sal”.

O programa da noite continuou no Porto das Barcas, no Bar do Teófilo, que além de ter a comida gostosa tem a canja musical do próprio Teófilo que canta e encanta além de outros artistas da terra como Marcos Fontelles, Dias Neto e outros.

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Parte 3 do Livro “O Quinto” que está em fase de produção e sendo transcrito para o Recanto na proporção que escrevo. “O Segundo dia” – deverá ser a Parte 4

Maria Dilma Ponte de Brito
Enviado por Maria Dilma Ponte de Brito em 14/03/2012
Reeditado em 14/03/2012
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