UM OLHAR IRRESISTÍVEL
Sai sem rumo para passear pelo bairro de Williamsburg.
O dia estava perfeito, um sol lindo enfeitava o céu azul anil.
Beirando ao rio eu, seguia em paz, vez ou outra parava para fotografar os barcos que passavam, ou olhar a rica paisagem.
Por poucos minutos me detinha, pois o frio estava intenso.
Alem de mim, alguns homens que, não se importando com o ar gelado, pescavam, nas águas do East River. Vi quando um deles trouxe para fora d'água, um peixe de tamanho medio, que ainda se debatia, na última tentativa pela vida.
Achei triste a cena.
De repente, ele (ou seria ela, rss) me olhou detidamente. Lindo, em sua plumagem em matizes cinza e marron, flutuava sobre o azul das águas. Fiquei com inveja, por ele não sentir o frio que eu, estava sentindo e, me impedia de parar no local por muito tempo.
Um olhar irresistívelmente doce, ele me endereçou, como a me convidar a fotografá-lo.
Eu, claro, não resisti.
Olhei melhor e pensei, se não era um olhar de gratidão, já que faz muito tempo que eu, resolvi não mais me alimentar da carne de nenhum animal. Me tornei vegetariana.
O restante do caminho vim pensando, quanto perfeita é a mãe natureza, que equipou cada ser vivo, com aparatos necessário para viver as intempéries.
Essas aves, possuem proteção especial em suas penas, podem ficar sobre as águas geladas, sem que pereçam de frio.
Nós, os humanos, morreriamos em poucos minutos, numa água congelante daquelas. Mas, ao homem, Deus, deu uma inteligência especial, para construir abrigos e, confeccionar agasalhos.
Com certeza a providência Divina não esqueceu de ninguém, que habita esse belo planeta terra.
O ser humano é que tem esquecido de zelar melhor pela sua morada planetaria, devastando sem pena a natureza por toda parte.
E depois chora as consequências de seus próprios atos.
(Foto da Autora)
(Crônica escrita em minha última viagem)