Loucura

Hoje, eu queria mais não podia, corria, mas não sentia. Algo estava diferente, talvez o cheiro do dia, sabe-se lá, uma calma entrou no meu ser e confidenciou a minha alma que deveria se acalmar, que não adiantará o desespero, pois na verdade este não passa da incerteza do ser. E certamente o meu ser só possui incredulidades, mas atrás de respostas é que são movidos os instintos de todos humanos.

Corro muito para entender como poderia a sombra perceber a existência da luz, pois entre os dois sempre existe um constante bloqueio, que impede a sombra encontrar o brilho, e o brilho vislumbrar a sombra.

Porém de estranhar seria a sombra encontrar a luz, uma vez que a luz não pode formar sombra sem um corpo à frente.

Entendo que minha alma precise da incerteza para se movimentar como a sombra da luz para existir. Pois nunca há de existir sombra sem a presença do brilho, nem evolução na ausência de dúvidas. Poderia conceituar que todos os dias minha alma levanta a fim de desbravar novos conceitos, desafios e relacionamentos.

Ouso dizer que necessárias são as duvidas e incertezas, pois somente assim continuaremos a prosperar, entretanto ate que ponto estamos certos de nunca tentar nos contentamos com o cotidiano que nos é oferecido diariamente, a felicidade não esta sentada em um trono de ouro, nem tão pouco na ganância humana.

Tendo acreditar que a felicidade esta nos pequenos detalhes, que de tão ocupados que estamos procurando a resposta do existir humano, não damos por conta quando nos deparamos com esses pequenos milagres que insistem em se exibir a nossa frente.

Quero ser humano, porém suficientemente ignorante a ponto de observar que toda a beleza esta presente na simplicidade, ou será que quando estiver nesse ponto de ignorância, na realidade não serei o maior dos sábios.

Diego Lapetina
Enviado por Diego Lapetina em 22/01/2007
Código do texto: T355034
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