VAIDADE....

Recebo de dois amigos um vídeo para maravilhar.

O universo, inesgotável em seus sistemas, maravilhosos.

Nós e nosso corpo, conduzindo também à maravilha.

O universo e o cérebro, desconhecidos em suas formas plenas, mas maravilhando, por serem maravilhosos.

Em contrapartida, penso, muitos por si maravilhados, por vaidade, e menores, cada vez menores em suas insignificâncias pelos vaidosos despercebidas; restam como resíduos da maravilha, seu dejeto.

A vaidade não é só insuficiente, é burra, fatores diversos pois, e surge também de um cérebro que grita para obter um louro que não cabe em sua cabeça, menor, anã, por vaidade.

De onde nasce a maravilha nasce também sombra. É a mãe natureza, o Universo, que gera luz e escuridão.

E vejo um poema, pedida a leitura do mesmo pela pessoa que se foi, lido quando de sua cremação. Transcrevo partes:

“NÃO MORRO –

POR ESTA PORTA QUE EU PASSO SINTO LUCIDEZ,

UMA AMPLA, DOCE VISÃO DA ETERNIDADE,

QUE ULTRAPASSA OS SOFRIMENTOS E MEDO

DESTA NOSSA VIDA”

De quê tem medo o vaidoso? De ser desconhecido? Ele já é desconhecido, mais ainda por ser vaidoso, além do permitido....um coitado...

“NÃO CORRAS EM DEIXAR ALGO INACABADO;

MAS, COMO A FLOR QUE, VIVE A ABENÇOAR,

EXALA O PERFUME DA BONDADE”

O vaidoso desconhece a bondade, seu centro personalista não permite a bondade em ser...por isso padece e sofre de vaidade....mãe de todos os males.

“NESTE MUNDO DE PECADO E EGOÍSMO.

E, DIANTE DO PODEROSO OPONENTE QUE É A MORTE-

ÚLTIMO OBSTÁCULO A TRANSPOR,

SERÁS PROVIDO DE ALTIVA CORAGEM”.

Todos subiremos a montanha e nos dissolveremos no sol, os vaidosos não, personalistas, geram todos os pecados capitais. O Deus de perdão está próximo deles para confortar e distante pela expiação que se impõe. Não é um Deus de punição, mas de justiça. Seu Filho, o Cristo, o Ungido, perguntado por Pilatos o que era a verdade silenciou, pois veio para fazer JUSTIÇA.

É preciso entender, os vaidosos, extremamente limitados, percorrerão os caminhos que Dante Alighieri mostrou em sua Commedia. E não há como arrepender-se, eles são por suas próprias limitações, irredutíveis...cumprem um carma de depuração.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 09/03/2012
Reeditado em 09/03/2012
Código do texto: T3544699
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