Candidaturas Laranja
Costumam nos contar, como pérolas da “arte” de fazer política, as máximas tiradas ou saídas de sagazes políticos, na argumentação ou contra-argumentação de algum assunto. Essas sagacidades, na maioria das vezes, têm suas premissas falsas, mas reconheço que elas provêm de alguma lógica e, por isso, delas também se deduzem conclusões verdadeiras. Daí, a admiração vulgar lhes atribuir importância ao ponto de escreverem livros e mais livros sobre esses assuntos até mesmo intitulando-os de anedotário político.
Lamento que a laranja, essa apreciável fruta cítrica, inexplicavelmente, se estrague adjetivando falcatrua, como é o caso daqueles que querem burlar a Receita Federal, dando nomes alheios aos seus bens e dinheiros para se safar dos relativos tributos, dizendo-se de baixo poder aquisitivo, porém ostentando vida nababesca. Todas essas características são abomináveis na ética de qualquer profissão, de qualquer função social. Ora, se consideram “engenheiro laranja”, “médico laranja”, “odontologo laranja”, deonticamente charlatões, no mundo político nada evita que, em tais “candidaturas laranja”, haja impostores.
As “candidaturas laranja” trapaceiam duplamente a boa fé do eleitor: primeiramente enquanto insinceridade dos “políticos laranja” que, geralmente, pretendem negociar o aluguel dos seus nomes ou suas retiradas em troca de pagamentos ou de futuros cargos públicos; depois, como irresponsabilidades das legendas partidárias que procuram maior espaço político, publicitário, mais de um palanque, mais de um microfone e maior tempo na mídia e, enfim, maquinar negociações de troca de tudo isso com o eventual futuro poder, ou mediano partido que mantém candidaturas temporárias, aguardando ocasião ao candidato definitivo. O azedume dessas tramas, maquiavelismos, conchavos e conluios afastam bons cidadãos dessas desleais concorrências... Enganam-nos enquanto “candidatos laranja”; enganar-nos-iam, caso fossem eleitos, tratando o eleitor como suco de laranja ou apenas voto pretérito, como se nada valesse depois da eleição... O político honesto jamais se apresentará como “candidato laranja”. O eleitor deve escolher homens públicos sinceros, dentre esses que afirmam que não são, mas serão candidatos ou, no mundo laranja, afirmam que são, mas não o serão. Livres dessas enganações, um dia nos contarão que a política é arte de governar com mínimo de mentiras e o máximo de sinceridade.
http://www.drc.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=3543483
As “candidaturas laranja” trapaceiam duplamente a boa fé do eleitor: primeiramente enquanto insinceridade dos “políticos laranja” que, geralmente, pretendem negociar o aluguel dos seus nomes ou suas retiradas em troca de pagamentos ou de futuros cargos públicos; depois, como irresponsabilidades das legendas partidárias que procuram maior espaço político, publicitário, mais de um palanque, mais de um microfone e maior tempo na mídia e, enfim, maquinar negociações de troca de tudo isso com o eventual futuro poder, ou mediano partido que mantém candidaturas temporárias, aguardando ocasião ao candidato definitivo. O azedume dessas tramas, maquiavelismos, conchavos e conluios afastam bons cidadãos dessas desleais concorrências... Enganam-nos enquanto “candidatos laranja”; enganar-nos-iam, caso fossem eleitos, tratando o eleitor como suco de laranja ou apenas voto pretérito, como se nada valesse depois da eleição... O político honesto jamais se apresentará como “candidato laranja”. O eleitor deve escolher homens públicos sinceros, dentre esses que afirmam que não são, mas serão candidatos ou, no mundo laranja, afirmam que são, mas não o serão. Livres dessas enganações, um dia nos contarão que a política é arte de governar com mínimo de mentiras e o máximo de sinceridade.
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