“Trezentos e Sessenta Graus”
Após a primeira curva, fazemos trezentos e sessenta graus.
O som das ofensas está ainda no ar, e ajoelhados estamos
Desculpando-nos, amando-nos, esta novela todo dia se repete.
Parece que fazemos de propósito, para nos reconciliar, e amar
Mas querida nossos toques maldosos, são desculpados e as farpas?
Estas não saem, este amor louco se esvai como gotas de orvalho.
A saudade na segunda feira, já não é tão grande como da semana passada.
Estamos demorando a nos desculpar, está ficando no automático.
Tenho medo de pensar, mas nosso amor está morrendo, o respeito também
Presumo que em breve não faremos mais a volta, não teremos o retorno.
Não haverá mais a desculpa, espero que pelo menos fique a amizade.
Pois até o respeito parece que também já acabou, que pena.
Ainda me lembro quando da primeira vez, os dois tentando falar
Antes do outro, querendo assumir a culpa primeira, quando foi
Feito pela primeira vez o infeliz do primeiro.
“Trezentos e Sessenta Graus”
OripêMachado.