PUNTA DEL LESTE

PUNTA DEL ESTE

2011. Fim do mês de julho. Fomos passar uns dias nesse famoso balneário uruguaio. Iara, minha mulher, Patrícia, minha filha, e eu.

Estava previsto enfrentarmos o frio. Para quem não conhece, Punta del Este é um misto de praia e campo, pela presença do mar e de propriedades onde predomina o verde. Na metade do século passado, ou um pouco antes, era o principal destino da América do Sul, para os endinheirados da Europa e da América do Norte. Principalmente dos artistas de Hollywood, que vinham se alojar nas imensas mansões. Ainda hoje, é frequentada pelos milionários de todo mundo, proprietários de verdadeiros casarões, onde não existem cercas divisórias, numa paisagem agradável, com extensos gramados.

Num dos passeios que fizemos, levados por uma van, ao passarmos por diversas pequenas propriedades rurais, curiosamente, vimos vacas e cavalos agasalhados, protegidos do frio congelante que fazia, por volta dos sete graus centígrados. Não me lembro de ter visto essa prática, por lugares em que já passei por este Brasil e fora dele.

Punta Del Este, como o próprio nome diz, trata-se de um pedaço de terra que avança para o mar. Devido a isso, de um dos lados, ela é banhada pelo Oceano Atlântico, conhecida como Praia Brava, e do outro, pelo Rio da Prata, onde é chamada de Praia Mansa. As denominações por si só já definem a natureza de ambas.

Sendo um balneário considerado de luxo, sua vida pode ser definida como cara. Num restaurante de médio porte se gasta por volta de U$50 por pessoa, e por uma coca-cola paga-se U$4. O que se encontra por preços bem mais em conta são as roupas, principalmente as de inverno, pois estávamos em época de fim de estação fria, com o comércio praticando liquidações bem atraentes.

Voltando aos passeios, um deles bem interessante é Punta Ballena.

Trata-se de um ponto turístico muito bonito, num lugar alto, à beira do mar, de onde se descortina uma vista deslumbrante. É famoso o pôr-do-sol nesse local. Um artista plástico uruguaio, Carlos Páez Vilaró, durante anos e anos construiu com suas próprias mãos um verdadeiro castelo, a Casapuebla, na encosta do morro, onde instalou o Museo-Taller. Ali estão expostas suas obras, pinturas, esculturas e literatura. Existe uma lanchonete, e um terraço panorâmico, de onde se aprecia o espetáculo do sol se pondo no horizonte. Muito interessante, o fato de ele ter feito um poema chamado Cerimônia do Sol, que em todo entardecer é declamado alguns minutos antes do ocaso, e devidamente cronometrado, ele termina quando o astro desaparece.

Aos que costumam arriscar a sorte no jogo, o Conrad, hotel 5 estrelas em que ficamos, possui um bonito cassino. A Iara e eu gostamos de nos entreter algumas horas nos caça-níqueis. Quem sabe, em certa ocasião tenhamos a felicidade de acertar um bom prêmio. Certa vez, em outro cassino, já tive essa sorte!

Aristeu Fatal
Enviado por Aristeu Fatal em 06/03/2012
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