ESCLARECIMENTO: este texto foi produzido com a devida autorizalção da gentil poetisa Lianatins, a quem agradeço de coração.

"DEUS NUNCA ERRA" – espiritualista


“DEUS NUNCA ERRA”

Um rei que não acreditava na bondade de DEUS. Tinha um servo que em todas as situações lhe dizia: Meu rei, não desanime porque tudo que Deus faz é perfeito, Ele não erra!

Um dia eles saíram para caçar e uma fera atacou o rei. O seu servo conseguiu matar o animal, mas não pôde evitar que sua majestade perdesse um dedo da mão.
Furioso e sem mostrar gratidão por ter sido salvo, o nobre disse: Deus é bom? Se Ele fosse bom eu não teria sido atacado e perdido o meu dedo.
O servo apenas respondeu: Meu Rei, apesar de todas essas coisas, só posso dizer-lhe que Deus é bom; e ele sabe o porquê de todas as coisas.
O que Deus faz é perfeito. Ele nunca erra! Indignado com a resposta, o rei mandou prender o seu servo. Tempos depois, saiu para uma outra caçada e foi capturado por selvagens que faziam sacrifícios humanos.
Já no altar, prontos para sacrificar o nobre, os selvagens perceberam que a vítima não tinha um dos dedos e soltaram-no: ele não era perfeito para ser oferecido aos deuses. “

Desculpem os leitores recantistas se faço uso dos dizeres deste e-mail que, certamente, todos já viram dezenas de vezes, mas, lendo hoje um conto postado por nossa competente colega, quero fazer uma analogia (traçar um paralelo) ao fato, se tal me for permitido pela autora do conto – Lianatins – para demonstrar que essas coisas não só acontecem em sensacionalismos da internet, em seus milhares de e-mails, mas acontecem na realidade (aliás, todos os dias Deus dá demonstração disso) e cada colega já deve ter tido notícia de vários casos semelhantes.

O soberano, não acreditando na bondade/justiça de Deus, mandou prender o servo, tendo que soltá-lo depois, quando teve, por experiência própria, a prova dessa justiça/bondade.

No conto (verídico) da colega Liana, acontecem fatos semelhantes (guardando a forma e as proporções), como o narrado no e-mail. Um homem sedutor, momentaneamente separado da esposa, pela internet, seduziu outras mulheres. Uma em especial, a Mariana, com que conviveu alguns meses, curtindo seu corpo e sua ingenuidade, fazendo insofismáveis juras, com o que ela, a Mariana, ficou completamente convencida de que estava vivendo o seu eterno e santo amor, como se tivesse encontrado sua alma gêmea.

Ao final de algum tempo (meses), o Paulo sentiu seu organismo fraquejar, sentiu dores e os médicos o declararam doente. Ao contrário que Marina desejava, ele disse que iria tratar sua doença na cidade donde viera. Como Marina não pode acompanhá-lo por razões de família, Paulo combinou com ela que iria e, em semanas ou meses, voltaria curado para viverem o resto da vida juntos.

O primeiro mês passou e, como já esperado, não se curou nesse espaço de tempo. Quase todos os dias desgastaram telefones, degustando juras e promessas de carinho. Mas os telefonemas dele foram rareando, ficaram mais curtos e imprecisos, até chegar o dia que Marina nenhuma notícia mais teve de Paulo. Desesperou-se, ganhou febre, quase sucumbiu à ideia de que ele tivesse ida a óbito; telefonou diversas vezes para sua casa... e nada. Assim que amanheceu o segundo dia, lá estava marina no telefone buscando informações e ninguém atendeu. Na noite daquele dia vários telefonemas foram, dados, sem que houvesse resposta do outro lado. Num deles, o último, Marina ouviu uma voz de mulher. Ela, entre angustiada e aliviada, perguntou pelo Paulo e, mecanicamente, a interlocutora disse que ele, o seu marido, estava doente e, no momento, dormindo e não deveria ser incomodado.
Questionada de quem era ela, disse ser a ex-mulher do Paulo que, sabendo através dele da sua doença, reatara novamente seu compromisso com ele e que, agora, era definitivo.

Marina colocou o telefone no gancho e sentou-se numa cadeira, à mesinha. Desesperada, chorando copiosamente, deu vazão à sua dor. Chorou durante uma hora, sem poder conter esse pranto doído, feito do pesadelo da sua própria ingenuidade. Por carência afetiva dera ouvidos à primeira voz masculina que invadiu seu espaço e à primeira figura, também masculina, que surgiu no visor da sua câmera, no msn. Como esses amores, com a cumplicidade do consentimento e que duram somente o tempo destinado às férias dos personagens que o vivem, assim também ela viveu, frenética e apaixonadamente, um amor que penou pudesse ser eterno, e o foi enquanto durou. Um amor que despencou das alturas em que foi gerado, no satélite, e que veio disputar espaço com a cruel solidão que já habitava seu coração antes desse amor vivido na internet.

Pelo visor, que não é o da internet, mas com o qual Deus nos dotou e que é a alma, para ser aprimorado a cada dia que passa, no dia-a-dia das nossas vidas, vemos todos os dias a imagem da suprema inteligência do nosso Pai e Criador.
Nos dois casos em foco, dispondo-os paralelamente por seu significado, vemos claramente a suma inteligência Dele. Em ambos os casos Ele já previra o desfecho. O Rei, um dos soberanos da terra, dotado de orgulho demasiado para admitir que era Deus que nunca errava e não ele, que era Rei, teve que admiti-lo após o óbvio do caso sucedido com ele próprio; no segundo exemplo, o da Marina e do Paulo, em última análise, delineia-se sob o mesmo prisma. A doença do Paulo não poderia ser curada, estando ele curtindo essa temporada de seduções e mentiras. Resultado: voltou ao seu casamento primeiro, para ser possível se curasse.
O como e o por quê não é dado a nós espíritos, revestidos da matéria bruta saber, apesar de que os prosélitos da doutrina filosófica e científica espírita poderem fazer uma ideia de que, em outras vidas, podem ter havido a cumplicidade de  arestas a serem aparadas entre os espíritos envolvidos. O primeiro é uma espécie de fábula, porém, nos casos reais, como no segundo, normalmente é isso que acontece.


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(texto da poetis Lianatins)
Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 06/03/2012
Reeditado em 06/03/2012
Código do texto: T3538088
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