ESPECTROS

Espectros nebulosos dissipados e distorcidos pela torrente das eras...

...seus olhos nunca foram capazes de enxergar a luz pela qual estou envolvido...

...cegos pelo poder que os corrompiam e os corroíam sem perceberem os perigos que os aguardavam a cada passo que conseguiam dar...

...e a cada segundo que passava já não sabiam mais quem foram ou o que seriam...

...ao passo que eu sempre soube quem eu sou e em quem vocês se tornariam...

Meros espectros calcinados pela ignorância, que vagueiam pela vida preocupados com coisas fúteis, inúteis, não menos que vocês que só querem ver meu mal, sem pensar que meu mal lhes pode ser fatal uma vez que todos temos o mesmo destino...

...e segundo as regras do tempo tudo que fazemos para lesar o próximo teremos um dia que reaver como prêmio macabro e quem planta vento colhe tempestade.

Luz do mundo brilhando em meus olhos que ainda podem vislumbrar na distância do tempo tão esquálidos espectros...

ROBERTO CARLOS BRAZ DO NASCIMENTO

(ROBERTO BRAZA)

05/05/2008

ROBERTO BRAZA
Enviado por ROBERTO BRAZA em 05/03/2012
Reeditado em 05/03/2012
Código do texto: T3536648
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