Eles vão para a França

 

 

Ontem um casal amigo anunciou a novidade. Estão se preparando para ir pela primeira vez à França. Mas não será uma viagem de turismo convencional, ela tem parentes que vivem em Clermont Ferrand. Por isso mesmo acredito que a viagem será bem proveitosa. Além de ir para o interior do país, eles poderão acompanhar de perto o dia-a-dia dos franceses. Meu amigo está ansioso, pois ninguém vai esperá-los no aeroporto e eles falam mal o francês. Eu sei que ele entende um pouco, mas falar é que são elas. Então ele disse que vai preparar uma série de perguntas (e respostas) para eu traduzir. Já começamos a imaginar as cenas dele com o papel na mão procurando respostas... nem sempre acertadas.

 

Combinaram que eles devem primeiro passar uns dois dias na Défense, onde um primo trabalha. La Défense é um bairro predominantemente de escritórios numa cidade vizinha, grudada em Paris. Em tempos antigos, era ali que ficava ‘a defesa’ dos parisienses contra ataques de invasores, junto a uma das portas da cidade ainda murada, chamada Porte Maillot, que se diz maiô, o que sempre me divertiu. As várias portas de Paris davam para estradas que se dirigiam para o norte, sul, leste ou oeste e seus nomes (e algumas) até hoje são conservados em praças onde elas ficavam ou estações de metrô. A Porte de Versailles, por exemplo, dava acesso ao caminho para o lugar onde foi construído o famoso Palácio, assim como da Porte d´Orléans se ia para Orléans ou da Porte d´Italie para a Itália. E tem uma que para nós brasileiros soa muito engraçado: a Porte d´Asnières, que nada tem a ver com as asneiras que a gente possa pensar. Se olharmos um mapinha de Paris, notamos que ela tem a forma ovalada e é circundada em toda sua extensão por uma larga avenida chamada Périphérique. Hoje esta avenida fica exatamente no lugar dos antigos muros que protegiam a cidade.

 

 

 

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