Ler e Escrever
A propósito da minha crônica anterior – Um Velho Moço – fica comprovado que o exercício da leitura desenvolve a capacidade cerebral. E o ato de escrever, que já é uma consequência da leitura, tem um poder ainda maior de desenvolver o nosso cérebro. Por conseguinte, sendo o cérebro a máquina mais poderosa do nosso corpo, podemos dizer que quem lê vive mais; e quem lê e escreve vive muito mais. Portanto, não vamos esperar tornar-nos um Machado de Assis para ousarmos escrever um clássico. Eu mesmo costumo dizer que escrevo um “besteirol”, mas isto resulta numa tempestade cerebral, que me vem favorecer no quesito longevidade, capaz de imitar aquele velho moço, que lançou seu livro exatamente no dia do seu centenário. Não foi à toa que o grande jornalista pernambucano Barbosa Lima Sobrinho chegou aos 103 anos de idade, em completa lucidez e ainda escrevendo seus primorosos artigos publicados nos mais diversos jornais do país. Que me perdoem os leitores mais críticos, mas vou continuar com o meu “besteirol”, graças à oportunidade que o Recanto das Letras nos oferece.