Quando a gente não vai com a cara, não tem jeito.

Quando não vai com a cara, não tem jeito.

Hoje li uma crônica de Lenapena:”Não sei porque meu santo, não bate com o santo dele,” e fiquei com vontade de escrever sobre isso. Eu chamo esse sentimento de antipatia. Esse sentimento não tem explicação e não depende de nossa vontade de simpatizar ou não.

A pior antipatia que tive foi por uma freira que trabalhei com ela. Eu estudava e trabalhava no Colégio Nossa Senhora do Patrocínio em Itu. A freira se chamava Irmã Encarnação. Ela parecia que gostava muito de mim. Mas minha antipatia por ela era tão grande que até para lhe dizer “Bom dia” eu tinha que fazer muito esforço. Não sei por que acontece isso, quando a pessoa nos trata tão bem. Até ouvir a voz dela me irritava. Essa irmã rezava muito. Quando trabalhava nesse colégio, eu passava roupa com mais quatro funcionárias. Essa freira era responsável pelas roupas das freiras que passávamos. Enquanto nós trabalhávamos, ficávamos rezando porque essa freira gostava muito de rezar. As moças que trabalhavam comigo ficavam com tanta vontade de conversar e muitas vezes não era possível, pois tínhamos de rezar. Talvez esse seria o motivo de não me simpatizar com a freira.

Tive antipatia por outras pessoas, mas nenhuma me marcou tanto como a que tive pela freira.