PERDIDAS ILUSÕES

"Para que chorar o que passou

lamentar perdidas ilusões"

A divinal melodia Luzes da Ribalta, que faz fundo ao filme do genial Charles Chaplin, traduzida tem versos nostálgicos, tristes até. Chorar o que passou não adianta mas, mesmo assim, quando a dor é muito forte, nos choramos as vezes. Lamentar ilusões que se perderam nos caminhos da vida e do coração nós, por vezes, também lamentamos.

Quero me ater, porém, nas ilusões perdidas. Aquelas que, quando jovens, nos preenchem a mente, a vontade de trilhar estradas coloridas e realizar os sonhos acalentados. Ilusões são alentos imateriais que impulsionam nosso vigor juvenil e são como cartões magnéticos que acionam nossa vontade de crescer, de construir, de nos realizarmos.

A vida, senhora do destino, nem sempre corresponde ao que sonhamos. O tempo, esse senhor implacável, destrói muitas das nossas ilusões. De tal forma que, com o decorrer dos anos, nos damos conta que ilusões são somente ilusões. E, como num sonho, se desvanecem no ar, ficando apenas a lembrança do que poderia ter sido e não foi. Lamentar perdidas ilusões é perder tempo. E não se frustrar por isso é ganhar bônus para uma vida mais tranquila, mais concreta, vivendo alegrias e tristezas conscientes de que, da vida, elas fazem parte. É bom viver e sonhar, mas melhor ainda é viver e concretizar.

Giustina
Enviado por Giustina em 02/03/2012
Reeditado em 13/08/2014
Código do texto: T3531885
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