VACAS SAGRADAS E CACHORROS ASSADOS

E a humanidade depois que o planeta trincou é a mesma, mudam apenas os hábitos entre oceanos.

Muito comum hoje em dia, as pessoas protestarem contra o uso de animais em pesquisas científicas, repudiando as atrocidades cometidas até mesmo quando se trata de transformá-los em alimento e que o ser humano não tem, ou não teria esse direito. No ocidente pela baixa densidade populacional, temos fartura e opções melhores que no oriente que além de cometerem o erro de considerarem a vaca sagrada, tiveram que apelar para os escorpiões e cachorros zangados e todos os tipos exóticos de insetos que foram transformados em pratos especiais. No Japão e outros locais comem os peixes vivos e nesse caso, não sei se uma covardia ou uma porcaria.

Houve até, segundo pesquisas que fiz, uma assembléia médica mundial em Helsinki, na Finlândia em 1964 que teria regulamentado o uso de animais em pesquisas cientificas. Convenhamos que não há a rigor necessidade de se cometer atrocidades contra quaisquer que sejam esses animais, mas também acho um exagero que se tenha elaborado uma espécie de cartilha, visto que pressupostamente as pessoas que se dedicam a esse tipo de pesquisa, são profissionais com ética, como médicos Veterinários, Bioteristas, Biólogos, Biomédicos, sem falar nos eco-chatos de plantão, vigilantes com carteirinhas de ONGs, vergonhosamente sustentadas pelo Estado, o que é um baita contra-senso. (De jeito algum, vou escrever aqui contrassenso, pois odeio essa nova nomenclatura)

Mas o ser humano, sendo como dizem ou como imaginamos, a única espécie animal que dispõe da inteligência e da racionalidade, provou durante milhares de anos que foi o único que evoluiu nesse aspecto e merece por assim dizer o título que lhe confere uma espécie de superioridade, palavra que muita gente detesta usar, por simples demagogia.

Ora se somos superiores em relação aos outros animais, independentemente ou sem considerarmos pontos de vista religiosos diversos, e ecológicos "hulkianos" de plantão, tem ficado bastante claro também que usamos dessa condição para manusear, modificar minerais e vegetais e até brincar com experiências genéticas também em outros animais, sempre procurando um melhor conforto para os nossos males e sofrimentos. Faz parte dos rituais da evolução, mesmo que lenta e no passado, mas de um certo tempo pra cá ganhou velocidade incrível.

Parece irônico, mas os ratos por exemplo, sempre foram responsáveis em tempos remotos pela maior parte das nossas pragas e doenças e exatamente eles hoje, são os mais visados e preservados para pesquisas. E temos também o exemplo das cobras venenosas, que nos atacam e nos ferem de morte e conseguimos o antídoto extraído do seu próprio veneno. O homem portanto tem sabido reciclar tudo num sentido mais amplo da palavra.

Pode-se dizer portanto que tudo que existe, mesmo muito ruim, sempre tem sua utilidade. Isso serve também para o ser humano que agride o outro e por incrível que pareça somente o faz crescer e ganhar forças para revidar. O dito popular antigo diz: "Nada melhor que um dia depois do outro". Lula e Dilma são exemplos vivos dessa premissa.

Quer maior atrocidade do que entrar no pesque e pague, ou mesmo no Pantanal ou Rio São Francisco, e ficar fisgando peixes e ter que devolvê-los sangrando de volta ao seu habitat? Pouca gente imagina que ele pode ser facilmente devorado por outros da mesma espécie ou por piranhas que infestam nossos rios. Parece brincadeira mas é um faz de conta cruel..

Alimentamo-nos de carne bovina. Quase todos nós, deve ter assistido a execução de um boi em pleno pasto, quando todos os outros se aproximam e iniciam uma espécie de ritual de lamentações e ficam juntos, ali ao redor do bicho morto mergulhados numa tristeza e os urubus começam a sobrevoar o espaço.

Muita gente aqui sabe como se mata um frango caipira torcendo seu pescoço e fazendo-o sangrar até a morte bem devagar com um corte de uma faca afiada, e assim por diante. E depois desse ato de "maldade" vamos satisfazer nosso apetite degustando um delicioso prato de "frango ao molho pardo" quiçá melhor que aqueles que são servidos no Maria das Tranças em BH. E atenção porque esse restaurante pode estar com os dias contados pelo menos para servir essa sua especialidade, pois já estão sob severa vigilância dos ecológicos de plantão.

Portanto, essas mesmas pessoas que protestam contra o uso de animais em laboratórios, são capazes de devorar quantidades enormes de carnes, alguns escondidos saboreiam por exemplo, a carne de tatu que é proibido, etc.e se esquecem de que esses "pobres animais indefesos" vivem a guerra da sobrevivência com um grau de atrocidade ou crueldade muito maior do que aquele que se pode imaginar. São predadores naturais e nos atacam sem dó e piedade. Basta que assistam filmes como Tubarões e piranhas que exageram, claro, mas de certa forma são realistas. Quem pode entender por exemplo, o gosto estranho dos tamanduás pelas formigas. E naqueles bons restaurantes do Bexiga em SP, as piranhas têm o final merecido servidas em deliciosos pratos de sopa, com aquele pão que somente lá se faz.

Para o bem da humanidade, avanço da ciência que propicie a cura de doenças, o sacrifício de animais vale a pena sim, porque não? Bom lembrar que muito pior escravizar por exemplo cavalos e bois que puxam anos a fio, carroças e arados. E Os chineses que comem todos os tipos de animais e parecem agir como gafanhotos insaciáveis prontos para devastar todo tipo de ser vivo sobre o planeta. Isso então sob o ponto de vista desses moralistas não seria também um crime? Ora somos uma raça inteligente, racional e procuramos nos posicionar com a nossa inteligência e buscar soluções para os problemas que enfrentamos. Se o sacrifício de um rato, curar o câncer ou a maldição da AIDS, porque não? Que morram milhares de ratos.

Danem-se os ratos de esgoto (todos eles sem exceção) e coelhos, sem falar nos repteis que rastejam e que são os mais perigosos.

E assim, a gente pode concluir que PESQUISAS realmente são indispensáveis e úteis, mas sem o VENENO das cobras e sem a reação dos ratos cobaia, jamais teríamos avançado tanto no campo da ciência médica.

Mas eu me divirto mesmo é com os camaleões. A gente pensa que eles foram embora e olhando bem, prestando atenção, estão por aí. Infelizmente esse exemplo que eles dão eu não posso assimilar, pois a força que me move é a transparência. A tecnologia e a recém criada ecologia põe cadeados em alguns procedimentos bizarros, mas a zorra no planeta web continua na periferia.

Luiz Bento (Mostradanus)
Enviado por Luiz Bento (Mostradanus) em 28/02/2012
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