Uma princesa em minha vida

Certa feita eu conheci um amigo, que era chefe de uma também amiga. Nós três éramos colegas de trabalho e amigos das horas de descontração. Os dois namoraram, se casaram e a amizade continuou, firme e forte. Me lembro do grande sofrimento que experimentei no dia do casamento deles: comprei um par de sapatos novos e só experimentei na hora de calçar e ir pra igreja. Os danados não sei porque, quase mutila meus pés. Foram bolhas terríveis, formadas nas poucas horas que os calcei.

Passado um tempo, veio a filha do casal, uma pirralhinha sorridente e cheia de dengo comigo, desde que começou a manifestar vontade própria. Detalhe: A danatinha era arisca, arredia... Outras pessoas, nem mesmo a avó quase nunca conseguiam pegá-la no colo. Era uma encrenca braba, parecia que eles tinham espinhos nos braços. Conclusão: além dos pais, era eu o premiado com seu carinho.

Com o passar do tempo, ela crescendo, me lembro que quando ia na casa deles, que não era muito longe da minha, eu tinha de sentar no chão da sala e brincar com ela. Ela não deixava por menos.

Essa amizade não se foi com o tempo.

Me lembro que quanto ela adolescente, tinha uma festa da turminha de amigas, e meu aniversário no mesmo dia e hora, que me fora feito uma reunião de surpresa. Claro, eles foram convidados. Perguntada, ela sem pensar, disse que preferia ir na minha comemoração!!! Foi meu melhor presente.

Passado um tempo, o casal se rompeu, eu me afastei um pouco, talvez por burrice minha, não sei. Mas depois me reaproximei deles. Hoje aquela menininha tem seus 19 anos, é muito inteligente, amiga da mãe pra todas as horas, carinhosa sem igual. E aquela amizade de infância continua como antes... Que presente!!!

Fico pensado... Porque isso acontece? Obra de Deus? Dos anjos? Só pode ser.

Nutro por ela, todo carinho do mundo!!! Não dá pra explicar nem mensurar. Mas é isso.

Hoje sua mãe tem mais 3 filhos: uma menina de seus 9,10 anos, que segundo ela mesma me confidenciou, foi um anjo enviado por Deus em um momento difícil. Tem ainda mais 2 gêmeos de 1 ano de idade. Dois moleques sangue bom também.

Sou feliz por ser aceito naquela casa, naquela família. É uma aceitação livre, leve, solta... simplesmente.

Percebo que a amizade é exatamente como aquela frase de Shakespeare: “...Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias”.

E logo em seguida disse também que:

“...Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa ou nada, e terem bons momentos juntos”.

Sim, isso é verdade. Sou testemunha viva dessa possibilidade.

Sei que preciso me aprimorar muito, crescer muito, pra fazer jus a esse carinho, essa amizade, esse amor, essa confiança. Mas sou bom aprendiz. Um dia chego lá.

Obrigado a vocês, turma! Obrigado a você, princesa!

Um beijo no coração!

Faria Costa
Enviado por Faria Costa em 28/02/2012
Reeditado em 28/02/2012
Código do texto: T3525068
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