“damas de ferro”
         Henrique VIII, rei da Inglaterra foi um exemplo de como usar o poder com mãos de ferro.
         Foi entronizado aos 18 anos de idade em abril de 1509. Gostava de filosofia, teologia, música e poesia. Praticava esportes.
         Casou-se com Catarina de Aragão, viúva de seu irmão Artur, com as bênçãos do Papa Júlio II. Eliminou sumariamente os conselheiros e ministros de seu pai, por malversação dos bens da coroa e escolheu como ministro plenipotenciário o Cardeal Tomás Wolsey... O jovem rei queria um reino honesto, justo, de ficha limpa...
         Escreveu um livro sobre os sete sacramentos em defesa da Igreja e em oposição a Martinho Lutero. Foi intitulado por isso, defensor da fé católica. Mas Henrique queria porque queria um filho. E Catarina dera-lhe uma filha. Pediu a anulação do casamento que achava-se no real direito de conseguir como defensor da fé. Começou então, por conta própria a considerar nulo seu casamento. Escolheu contrair novas núpcias com Ana Bolena, mas o Papa não aceitou anular o casamento anterior. Impôs então ao parlamento a decisão de anulá-lo. Rompeu com a Igreja de Roma e fundo a Igreja Nacional Anglicana que o atendeu e concedeu a anulação do casamento em nome de Deus. Simples assim. Of course... pra inglês ver.
         Como houvesse resistência mandou matar o Bispo Fisher, o Chanceler Thomas Morus (seu amigo de infância e autor da linda oração para pedir bom humor) e o abade de Glastombury. Sufocou com sangue as rebeliões dos que queriam ficar fiéis ao catolicismo. Oprimiu também os luteranos e demais protestantes. Pegando gosto pela coisa mandou matar também o outro Chanceler Thomas Cromwell que o servira fielmente matando Thomas Morus. E teve sete mulheres, das quais mandou matar Ana Bolena (1536) e Catarina Howard (1542). A casa real gosta do vermelho não apenas nas elegantes fardas de gala...
         Morreu o Henrique em 1547, matara praticamente todos os que o serviram de perto. Mais de 100 pessoas.
         Historiadores tentam justificá-lo por ter sido sifilítico, mas a maioria deles apenas o considera um corrupto. O poder corrompe!
         É por isso que ainda não fui ver o celebrado “Dama de Ferro”. Não sou muito chegado a evocações do passado da ilha brumosa.
         Quanto às Ilhas Malvinas... bem, isso a gente comenta em outra ocasião.
         Arriba Cristina!