Aos Médicos Anestesistas De Alagoas
Tantos os religiosos quantos ateus, em sua maioria, tem na figura do médico um semideus. Um ser cuja Sabedoria Divina ou a Vocação, ou as duas juntas, aliadas ao conhecimento, empenho e dedicação, o faz capaz de salvar, curar, aliviar os males físicos da humanidade.
E fazem os médicos desde 450 anos ac. até os dias de hoje, em quase todo o mundo, e aqui no Brasil, um juramento quando da sua diplomação, chamado de “Juramento de Hipocrátes” que, resumidamente, diz:
“Prometo ao exercer a arte de curar, me mostrarei sempre fiel aos preceitos da honestidade, da caridade e da ciência. Penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos, minha língua calará os segredos que me forem revelados os quais terei como preceito de honra; nunca me servirei da minha profissão para corromper os costumes ou favorecer ao crime. Se eu cumprir este juramento com fidelidade, goze eu a minha vida e a minha arte com a boa reputação entre os homens e para sempre; se dele me afastar ou infringir suceda-me o contrário.”
Ora, então olhando para a foto que estampa esta crônica, que é um Outdoors encravado em um ponto da nossa capital, Maceió, faz-me pensar à princípio que este juramento de Hipocrátes (perdoem-me o trocadilho) está mais para um juramento de Hipócritas!
Vejam que o anúncio convidam os profissionais médicos anestesistas a irem trabalhar em outro estado, dado os preços pagos no estado de Alagoas ser, ridicularmente, inferiores aos de outros estados nordestinos pelos mesmos serviços prestados aqui. Porém, tal convite não fere ao que diz o juramento na parte de “caridade” e “favorecer ao crime”?
Mesmo ganhando pouco, por caridade como juraram, não deveriam permanecer nos seus postos fieis aos seus preceitos? E, em indo trabalhar em outros estados, não estariam favorecendo ao crime, já que ficariam os necessitados à mercê da própria sorte?
Se olharmos por esse lado, penso que o Outdoor é uma declaração da Coopanest-al de que “Prometer, eu prometi; jurar, eu jurei; mas cumprir já é uma outra história!”. Que ideia infeliz!
Mas, por outro lado...
Outros capacitados pela ciência como advogados, não juram solenemente pela justiça, nem engenheiros juram que suas construções não irão cair. Ah, esta constatação clara e precisa não é de minha autoria, mas do Dr. Dráuzio Varella (vale a pena ler no link http://drauziovarella.com.br/wiki-saude/o-juramento-de-hipocrates/).
E ele diz, entre outras, que médicos precisam ganhar bem, posto que para melhor exercer a profissão é necessário recursos para aquisição de periódicos, cursos de extensão, pesquisas...
Sendo assim, como toda a profissão, devem os médicos ganhar bem e o Outdoor estar certo: devem os anestesistas saírem em debandada para trabalhar em outro estado porque paga melhor?
Cidadão comum, penso que NÃO!
Que devem ganhar o justo, SIM.
Mas, isso não justifica carreata BR 101 ou AL 101 rumo a outros estados!
Há outras formas de sensibilizar, mobilizar seja a classe médica ou a sociedade em prol do óbvio: salários dignos. Ou não há?
Será que o Pai da ideia do outdoor e seus partícipes são daqueles que se acovardam quando as coisas complicam-se?
Fico imaginando a seguinte situação:
Pais em grandes dificuldades com um filho drogado, na busca por um caminho decidem que o melhor é fazer outro filho, pois aquele está perdido e o bom para tal é fazer de manhazinha, na cidade de Vênus, onde o amor é mais viril, intenso.
Talvez o inverso: o filho, incompreendido por seu pai ou mãe decide abandonar o lar e buscar outro pai ou outra mãe lá em Caixa Prego, pois os pais de lá são mais rígidos, porém compreensíveis.
Ou, numa dificuldade conjugal, melhor correr atrás de outra porque conversar, trocarem ideias, reavaliar situações, não adianta. E local melhor não há senão ir a Cidade das Virgens, pois lá tem pra todos os gostos e acompanham controle remoto com a opção “mute” bem no centro.
Ao que parece é isso que sugere o referido outdoor: “vamos fugir pra outro lugar, baby...” porque aqui não dá.
Unamo-nos sociedade e profissionais de todas as áreas contra todos os governos e “podres poderes” que atentem contra o bem-comum, mas não fujamos sem lutar!
Fico por aqui na esperança que atitudes mais serenas, mais capacitadas, melhores desenvolvidas façam parte do nosso cotidiano na eterna busca de dias melhores. E não de coisas tão chinfrins e miúdas...
Por fim, senhores Anestesistas e demais profissionais, contem com este pacato cidadão que não foge á luta... Jamais!
Tantos os religiosos quantos ateus, em sua maioria, tem na figura do médico um semideus. Um ser cuja Sabedoria Divina ou a Vocação, ou as duas juntas, aliadas ao conhecimento, empenho e dedicação, o faz capaz de salvar, curar, aliviar os males físicos da humanidade.
E fazem os médicos desde 450 anos ac. até os dias de hoje, em quase todo o mundo, e aqui no Brasil, um juramento quando da sua diplomação, chamado de “Juramento de Hipocrátes” que, resumidamente, diz:
“Prometo ao exercer a arte de curar, me mostrarei sempre fiel aos preceitos da honestidade, da caridade e da ciência. Penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos, minha língua calará os segredos que me forem revelados os quais terei como preceito de honra; nunca me servirei da minha profissão para corromper os costumes ou favorecer ao crime. Se eu cumprir este juramento com fidelidade, goze eu a minha vida e a minha arte com a boa reputação entre os homens e para sempre; se dele me afastar ou infringir suceda-me o contrário.”
Ora, então olhando para a foto que estampa esta crônica, que é um Outdoors encravado em um ponto da nossa capital, Maceió, faz-me pensar à princípio que este juramento de Hipocrátes (perdoem-me o trocadilho) está mais para um juramento de Hipócritas!
Vejam que o anúncio convidam os profissionais médicos anestesistas a irem trabalhar em outro estado, dado os preços pagos no estado de Alagoas ser, ridicularmente, inferiores aos de outros estados nordestinos pelos mesmos serviços prestados aqui. Porém, tal convite não fere ao que diz o juramento na parte de “caridade” e “favorecer ao crime”?
Mesmo ganhando pouco, por caridade como juraram, não deveriam permanecer nos seus postos fieis aos seus preceitos? E, em indo trabalhar em outros estados, não estariam favorecendo ao crime, já que ficariam os necessitados à mercê da própria sorte?
Se olharmos por esse lado, penso que o Outdoor é uma declaração da Coopanest-al de que “Prometer, eu prometi; jurar, eu jurei; mas cumprir já é uma outra história!”. Que ideia infeliz!
Mas, por outro lado...
Outros capacitados pela ciência como advogados, não juram solenemente pela justiça, nem engenheiros juram que suas construções não irão cair. Ah, esta constatação clara e precisa não é de minha autoria, mas do Dr. Dráuzio Varella (vale a pena ler no link http://drauziovarella.com.br/wiki-saude/o-juramento-de-hipocrates/).
E ele diz, entre outras, que médicos precisam ganhar bem, posto que para melhor exercer a profissão é necessário recursos para aquisição de periódicos, cursos de extensão, pesquisas...
Sendo assim, como toda a profissão, devem os médicos ganhar bem e o Outdoor estar certo: devem os anestesistas saírem em debandada para trabalhar em outro estado porque paga melhor?
Cidadão comum, penso que NÃO!
Que devem ganhar o justo, SIM.
Mas, isso não justifica carreata BR 101 ou AL 101 rumo a outros estados!
Há outras formas de sensibilizar, mobilizar seja a classe médica ou a sociedade em prol do óbvio: salários dignos. Ou não há?
Será que o Pai da ideia do outdoor e seus partícipes são daqueles que se acovardam quando as coisas complicam-se?
Fico imaginando a seguinte situação:
Pais em grandes dificuldades com um filho drogado, na busca por um caminho decidem que o melhor é fazer outro filho, pois aquele está perdido e o bom para tal é fazer de manhazinha, na cidade de Vênus, onde o amor é mais viril, intenso.
Talvez o inverso: o filho, incompreendido por seu pai ou mãe decide abandonar o lar e buscar outro pai ou outra mãe lá em Caixa Prego, pois os pais de lá são mais rígidos, porém compreensíveis.
Ou, numa dificuldade conjugal, melhor correr atrás de outra porque conversar, trocarem ideias, reavaliar situações, não adianta. E local melhor não há senão ir a Cidade das Virgens, pois lá tem pra todos os gostos e acompanham controle remoto com a opção “mute” bem no centro.
Ao que parece é isso que sugere o referido outdoor: “vamos fugir pra outro lugar, baby...” porque aqui não dá.
Unamo-nos sociedade e profissionais de todas as áreas contra todos os governos e “podres poderes” que atentem contra o bem-comum, mas não fujamos sem lutar!
Fico por aqui na esperança que atitudes mais serenas, mais capacitadas, melhores desenvolvidas façam parte do nosso cotidiano na eterna busca de dias melhores. E não de coisas tão chinfrins e miúdas...
Por fim, senhores Anestesistas e demais profissionais, contem com este pacato cidadão que não foge á luta... Jamais!