Não que eu seja implicante...
Quem gosta de cinema não consegue ficar indiferente à noite da entrega dos Oscars em Hollywood, em que pese ser o Oscar um prêmio conservador e muito comercial.
Bem sei que o critério para dizer que tal filme é melhor ou é vencedor é muito subjetivo e muito discutível. De qualquer modo é uma referência do que está sendo o gosto artístico e estético de atores e diretores.
Não que eu seja implicante, mas é raro hoje o filme que mostre alguma perspectiva de vida ou de esperança. Via de regra, os filmes, mesmo os mais bem feitos e esteticamente encantadores, não oferecem um olhar positivo sobre a vida. Por exemplo, “A árvore da vida” que ganhou prêmio em Cannes e é um filme bonito e bem feito, mas vazio de perspectiva para o futuro. “O artista” que retoma o cinema mudo de forma criativa e original, em uma época de efeitos especiais e 3D é um grito de protesto a favor do cinema clássico e antigo.Mas, é só. Acho “Meia noite em Paris” de Woody Allen mais positivo e com uma mensagem forte (não adiante idealizar o passado. Viva o momento presente). “A invenção de Hugo Cabret” fez jus aos prêmios pelo manifesto amor ao cinema que ele significa.
Quanto a atores e atrizes... Meryl Streep é uma excelente atriz e se filmar um canto de parede de um beco sem saída ou um filme que tenha por título “o bocejo” será sempre candidata ao Oscar e o merecerá. Mas não quis ainda vê-la no papel de Margareth Tatcher. Para que? Já temos suficientemente problemas hoje com o neoliberalismo e as figurais atuais de “damas de ferro” para não precisar dessa evocação do passado.
Ah sim! Não suportando mais assistir à campanha medíocre do São Paulo no Paulistão 2012, optei por ver, com ela, “A separação”, o filme iraniano que receberia horas depois o Oscar. Em geral, o cinema iraniano é minimalista e até monótono no seu modo de mostrar o cotidiano e as pequenas coisas do dia a dia. Mas, esse não. É tenso, profundo, belo e muito comovente, principalmente na descrição da cultura religiosa do Irã. Mereceu mesmo o Oscar de melhor filme estrangeiro nesse momento das tensões políticas dos EUA com o Irã.
Uma boa palavra de relação intercultural e de paz.
Quem gosta de cinema não consegue ficar indiferente à noite da entrega dos Oscars em Hollywood, em que pese ser o Oscar um prêmio conservador e muito comercial.
Bem sei que o critério para dizer que tal filme é melhor ou é vencedor é muito subjetivo e muito discutível. De qualquer modo é uma referência do que está sendo o gosto artístico e estético de atores e diretores.
Não que eu seja implicante, mas é raro hoje o filme que mostre alguma perspectiva de vida ou de esperança. Via de regra, os filmes, mesmo os mais bem feitos e esteticamente encantadores, não oferecem um olhar positivo sobre a vida. Por exemplo, “A árvore da vida” que ganhou prêmio em Cannes e é um filme bonito e bem feito, mas vazio de perspectiva para o futuro. “O artista” que retoma o cinema mudo de forma criativa e original, em uma época de efeitos especiais e 3D é um grito de protesto a favor do cinema clássico e antigo.Mas, é só. Acho “Meia noite em Paris” de Woody Allen mais positivo e com uma mensagem forte (não adiante idealizar o passado. Viva o momento presente). “A invenção de Hugo Cabret” fez jus aos prêmios pelo manifesto amor ao cinema que ele significa.
Quanto a atores e atrizes... Meryl Streep é uma excelente atriz e se filmar um canto de parede de um beco sem saída ou um filme que tenha por título “o bocejo” será sempre candidata ao Oscar e o merecerá. Mas não quis ainda vê-la no papel de Margareth Tatcher. Para que? Já temos suficientemente problemas hoje com o neoliberalismo e as figurais atuais de “damas de ferro” para não precisar dessa evocação do passado.
Ah sim! Não suportando mais assistir à campanha medíocre do São Paulo no Paulistão 2012, optei por ver, com ela, “A separação”, o filme iraniano que receberia horas depois o Oscar. Em geral, o cinema iraniano é minimalista e até monótono no seu modo de mostrar o cotidiano e as pequenas coisas do dia a dia. Mas, esse não. É tenso, profundo, belo e muito comovente, principalmente na descrição da cultura religiosa do Irã. Mereceu mesmo o Oscar de melhor filme estrangeiro nesse momento das tensões políticas dos EUA com o Irã.
Uma boa palavra de relação intercultural e de paz.