O assalto
Num desse fins de tarde, que o dia não foi nada agradável. Marta estava voltando do trabalho, andando por uma rua movimentada da metrópole. Quando é , bruscamente, interpelada por um estranho.
- Quieta! Isto é um assalto. Diz ele.
Marta irritada rebateu:
- E eu com isso. Você não tem mais o que fazer não? Vai procurar sua turma!
O assaltante meio atordoado indagou:A Sra. não ouviu o que falei ou esta me gozando. Neste ínterim ele segurava uma arma por dentro da camisa e movimentava de forma que ela pudesse ver.
Marta como um furacão desvairado, estava ela, naqueles dias. perguntou:
- Meu filho você não tem Mãe não? Você pensa que sou desocupada
De repente, um transeunte curioso: um senhor de certa idade, intrometeu-se opinando:
- Calma senhora. A Sra está nervosa. Afinal o que esta acontecendo aqui?- Este rapaz incoerente, desrespeitado, dissimulado que não pode ver uma mulher sozinha , que acha que pode se aproveitar. Não sabendo ele que sou uma mulher casada, e muito bem casada. Disse marta bufando.
- Mas dona eu só queria lhe assaltar. Não quero mais nada.
Disse o assaltante confuso
Meu filho ainda não lhe informaram, que não se assalta mais no meio da rua. Que isto é brega e anti-ético. Você não é sindicalizado não? Argumentou o transeunte.
O assaltante coçou a cabeça, pensou e repensou até falar:
- Onde estou? Como é que se assalta alguém se não for assim?
- Bem meu filho, já perdi tempo demais com você. Eu acho melhor você não andar por ai se metendo com as mulheres dos outros. Rezou Marta.
O que eles não perceberam, é que neste meio-tempo, foi formando uma aglomeração em volta deles a opinar:
- Tá certo Dona...manda este idiota plantar batatas....é um falta de respeito. Disse uma mulher revoltada
_ Ninguém respeita mais ninguém. Ajudou outra
Ao passo que a multidão ia se desmanchando em apupos: Idiota...Ridículo...brega...vagabundo!
O assaltante perplexo, com a sua arma arreada e todo atordoado, tentava explicar pra multidão:
- Eu só queria fazer um assalto, eu só queria fazer um assalto.Por favor entendam!
- Meu filho o que você tentou fazer aqui, já fizeram muitas vezes antes; tantas vezes que não tem mais graça...Nem a policia se preocupa mais com isso. Explicou o transeunte
O Sr. esta me dizendo que não se assalta mais? Indagou ele assustado.
- Claro que sim filho, mas não deste jeito ultrapassado. Os tempos mudaram, hoje pra roubar não é preciso mais apontar uma arma. Os delitos estão em toda parte, travestidos de varias faces. A integridade foi destruída como vocabulário da nossa língua, para dá lugar a capacidade indevida de levar vantagens sem mérito: esperteza, filosofou o transeunte.
- e tem mais é melhor você me entregar esta arma , que eu terei como utilizara melhor. Sentenciou Marta.
- Passa a carteira também antes que você seja linchado por aqui. Pediu o transeunte.
- claro ...claro...Atendeu o ladrão atordoado e muito mais confuso do que com medo.
- Tá bom pessoal a festa acabou. Chega de espetáculo. Gritou Marta com a população.
A multidão foi dispersada. O velho transeunte foi embora levando consigo a carteira do coitado do ladão. Marta levou o revolver e a expectativa dele fazer outros assaltos daquela forma.
- Eu só queria fazer um assalto...eu só queria fazer um assalto...E agora eu vou viver de quê? Lamentava o assaltante com lágrimas nos olhos.