É a época dos votos [A PROCISSÃO - em dois ATOS]

PARTE 1:

Vai-se a primeira

Vai-se a segunda

Vai-se a terceira

Vai-se outra

Mais uma

E mais outra...

Vão-se as dezenas

As milhas

Aos milhares

Os milhões

E os culhões?

Somos todos bundões

As assembléias

As sessões

Os bordados

As tramas

As teias tecidas

As maletas

As cuecas

Os tostões

Tudo é levado

Tudo é lavado...

E continua a sujeira

É só podridão

Ficamos rígidos

ponteiros travados

Paralizados

Giro ao contrario

Dês [norteados]

Tontos

Tombados

Cordeiros imolados...

E vão-se aparando as nesgas

Fazendo às avessas

O aparato

Às vesgas

As apurações

Nunca apuradas

Sem regras

Sem terceiro olho

As cambulhadas

Ah, cambada!

Tudo é sem punição

Ah, NAÇÃO!

Até quando?

Até quando?

Quando desbarata-los?

Esmaga-los?

Envia-los

As suas condições de baratas?

Traças...

Covil...

matilha?

A qual pertencemos?

LOBOS DA PRÓPRIA ESPÉCIE!

Só asneiras

Só asneiras

Hum?

[asneira não vem de asno?]

AI QUE SAUDADES DOS OUTROS!

[AMÉLIA é que era mulher de verdade]

Ataulfo Alves e Mario Lago] e o que eles tem com isso?

rsrsrs, nada. VOCÊS é que não tem consciência...

AMÉLIA que era mulher de verdade

[ela não fazia nenhuma exigência]

Não vê que eu sou um pobre rapaz?

Todo ano é igual

Vamos tentar

Testar outra vez

Só pra ver...

A gente deixa

São só quatro anos

Se não prestar a gente tira,

a gente troca

a gente testa outra vez...

Até quando?

Até quando?

Quando forjaremos

novas coleiras?

Segue tudo igual

MUDAM-SE OS PESCOÇOS

E seguem as mesmas COLEIRAS...

E o bom-senso que naufraga

E o que se apregoa

Vai se afundando

Se chamuscando

Dia-a-dia

Ano-ano após ano

Vergonhas que voam

Somos como pombos

sem esperanças

Asas quebradas

Tudo é partido

Galinhas ao quadrado

Quireras ao chão

Migalhas de pão

Até quando?

Satisfazem alguns grãos?

Saltar

Soltar

Votar

Voar

Querer

Buscar

NUNCA MAIS!

E a procissão segue

Novo abismo

Nova roubalheira

Tudo nas trincheiras

Tudo igual

Grãos

Farelos

Bicos

Restos

Retos tortos

Sobras de corcéis

Sem asas ao chão]

O que fazer?

Abrir os braços

Usar as mãos

A consciência

Titulo na mão

Ser mais que ação

Dizer NÃO!

Pedir aos céus

Pássaros ou formigas

Fazer pajelança

Círculos

Dar as mãos

Ou senão

Lá se vão os bandos

Ocupar os espaços

Fazer a penhora

Da nossa nação

De mais quatro anos

Ter culhões

Pra dizer NÃO

Não é muque

Pra qualquer sabiá

Mas tente...

Diga

BRASIL...

EU TE AMO MEU BRASIL!

PARTE 2:

Se este texto é uma CRÕNICA? Isso eu não sei!

Eu não sei escrever crônica!

[mas o que eu sei escrever? O meu voto? Será?]

O que sei, é que o marasmo, a falta de patriotismo, e o conformismo do povo brasileiro.

É uma DOENÇA CRÕNICA.

Ei, conhece aquele ditado::: UMA ANDORINHA SÓ NÃO FAZ VERÃO?

Ou QUEM SABE FAZ A HORA E NÃO ESPERA ACONTECER...

Sabe::Acho que lembrei de algo:::

ERA UMA VEZ....

Estamos todos dentro de uma bolha, uma concha...

Estamos todos esperando a hora certa de encher os pacovas...

Esperando acontecer e não acontece nada....

Estamos num gigantesco de reclusos e desapegados,

Apegados a si próprio

Sentados em nossas bundas

Somos livros livres e inteligentes,

Mas será mesmo que merecemos sugestões?

Por que as nossas mãos são fustas,

naus de remos ligeiros]

utilizadas por piratas...

Quando deveriam ser ilhas de decisões?

É preciso uma cesariana de emergência

Nessa nação...

Tão cheia de pacientes com traumas graves

Em fileiras de conformismos

Esperando o que outro não fez...

Que isso é jogo ruim

Não quero me meter

Eu não vou dizer

Eu não gosto disso

Estamos encaminhando mais uma grávida

E outro bebê vai nascer...

Esperando só o que lhes interessa

Será o solista de plantão

Até quando falta para unir ao teu

Aquilo que é teu e é meu

É nosso...

Até quando esperar?

SONISTAS DE PLANTÃO!

zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

Sugestões:

ATÉ QUANDO ESPERAR - Plebe Rude [DETONAUTAS]

A ÁGUIA E A GALINHA [ LEONARDO BOFF]

Serpente Angel
Enviado por Serpente Angel em 25/02/2012
Reeditado em 26/02/2012
Código do texto: T3518954
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