Grande cachorra a minha mãe

Minha mãe era uma gata quando jovem, afirma hoje o tigre de bengala do meu pai, que na época deveria ser um gato também.

Com o passar do tempo, minha mãe virou uma cachorra.

Tem todas as qualidades desses grandes animais:

Ótima mãe, eu que o diga;

leal e fiel, sempre, meu pai o afirma;

guardiã da casa, toda a família testemunha.

Minha mãe é uma grande mulher, uma grande cachorra! Tenho um enorme orgulho dela.

E eu ouço alguns homens por aí ofenderem as mulheres chamando-as de cadelas...

Ora ora meus caros, vocês, putanheiros inconsequentes e irresponssáveis em grande parcela, se comportam como o pior dos cachorros ao verem uma mulher na idade de acasalamento.

Logo, quem são vocês para julgar a moral feminina, mesmo a de uma prostituta? Quem são vocês para julgarem as cachorras, as cadelas?

Pois minha mãe é uma grande cachorra. Tem todas as qualidades desses grandes animais. E não é porque a minha mãe nunca andou por aí com um bando de cachorros na volta, que eu vou julgar as cachorras que assim fazem.

Se eu não estendo o braço para as outras pessoas, também não vou levantá-lo.

Não ofendam as mulheres, não difamem as cachorras.

Olhem-se nos espelho e falem pra ele:

- Au au au au au au au!

Isso se forem cães dignos e estiverem a altura das qualidades desses nossos grandes amigos...

(21:52h em Charky City. Essa crônica saiu na boca da noite, em vez do final da tarde!!!)

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Era isso pessoal. Toda sexta, final de tarde, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.

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Antônio Bacamarte
Enviado por Antônio Bacamarte em 24/02/2012
Reeditado em 24/02/2012
Código do texto: T3518105
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